Zines são publicação alternativas e independentes feitas geralmente em folha de papel A4. Se utilizam de colagens, desenhos feitos à mão e de muita criatividade para criar o formato desejado; é comum possuírem uma aparência poluída. No início tratava de assuntos como ficção científica e na década de 70 falava de bandas do cenário punk, depois evoluíram para assuntos como política, literatura, sexo, quadrinhos, poesias, feminismo, jornalismo investigativo, e o que mais puder ser expresso em uma folha de papel. Aliás, essa liberdade de escolha de temas e a forma como os mesmos são tratados é uma das várias características que diferem um zine de uma publicação normal. São distribuídos gratuitamente e no máximo é pedida uma contribuição voluntária para ajudar nas cópias do original.
Os termos fanzine e zine atualmente são utilizados sem haver uma definição da diferença entre eles. Mas pelo que observei a palavra fanzine parece ter evoluído para Zine devido as novas características assumidas por esse tipo de publicação. Inicialmente os fanzines eram publicações de fãs de ficção científica para fãs de ficção, posteriormente na década de 70 foi a vez dos fãs de bandas punk criarem os seus fanzines falando da cena punk e de bandas. Mais o zine continuou evoluindo em conteúdo e os temas começaram a mudar, passando a tratar não somente de bandas ou ficção, mas a funcionar como um verdadeiro jornal alternativo, com opiniões, artigos, poesias, desenhos, enfim, começou a publicar assuntos que não se encontravam na mídia de massa. Esse fato me leva a crer que a utilização da palavra zine no lugar de fanzine caracteriza melhor as publicações que não são feitas por fãs para fãs. Além da dúvida de chamar zine ou fanzine, também existe uma relacionada a publicações alternativas em formato de revista. Um dos motivos para essa dúvida na classificação de zine ou revista é o fato de que revistas alternativas têm muito mais páginas que alguns zines juntos e não é comum encontrar zines com muitas páginas, devido ao custo para a reprodução.
A primeira publicação nesse estilo que se tem conhecimento foi lançado em 1930, chamava-se The Comet e foi escrito por um aficionado em ficção científica, chamado Ray Palmer para o Science Correspondent Club, uma publicação em que fãs de ficção científica trocavam informações sobre seus filmes preferidos. Nessa época o termo utilizado para denominar o The Comet era Fanmag (revista para fãs).
Em 1941, o americano Louis Russel Chauvenet teve a idéia de chamar essas publicações de Fanzine, juntando as palavras fan e magazine. Nessa época usava-se o mimeógrafo, um aparelho que fazia cópias de páginas escritas sobre um papel especial, o estêncil. Ainda na década de 30, foi criado algo que mudaria para sempre a história dos fanzines: A xerox, inventada por Chester Carlson
Até os anos setenta os fanzines se restringiam a fãs de ficção científica, quando foram retomados pelos adeptos do movimento Punk. Uma curiosidade é que o movimento foi batizado com o nome de um fanzine. Empolgados com a cena musical em Nova York, dois amigos, o desenhista John Holmstron e o escritor Legs Mcneil resolveram criar um fanzine que falava única e exclusivamente das novas bandas que estavam surgindo. O Zine foi inicialmente chamado Teenage News, nome de uma música da banda New York Dolls, mas McNeil teve a idéia de utilizar a palavra Punk. Surgiu então, em 1976, a Punk Magazine. Ainda em 1976 saiu o primeiro número da Sniffin'Glue, escrita por Mark Perry, um bancário fã dos Ramones. A Sniffin'Glue conquistou um grande público e incentivou muitos de seus admiradores a começarem a publicar seus próprios fanzines. Logo, os jovens principalmente, perceberam a facilidade de montar uma publicação alternativa. Você não precisa ser jornalista ou trabalhar numa revista para isso, apenas de disposição, algum dinheiro para xerox no caso dos impressos, para pagar a hospedagem no caso da internet e um tema qualquer: música, cinema, política, poesia, etc... Você não precisa dos grandes meios de comunicação. Milhões de zines são trocados por correios por pessoas do mundo inteiro. Você pode até se utilizar em algum momento da mídia de massa para divulgar seu zine, mas acredite, ela é dispensável.
É isso, pegue suas idéias, as coloque num pedaço de papel, enfeite as páginas para dar a aparência que desejas e pronto, nasce mais um Zine!
Luciano Dantas
A primeira publicação nesse estilo que se tem conhecimento foi lançado em 1930, chamava-se The Comet e foi escrito por um aficionado em ficção científica, chamado Ray Palmer para o Science Correspondent Club, uma publicação em que fãs de ficção científica trocavam informações sobre seus filmes preferidos. Nessa época o termo utilizado para denominar o The Comet era Fanmag (revista para fãs).
Em 1941, o americano Louis Russel Chauvenet teve a idéia de chamar essas publicações de Fanzine, juntando as palavras fan e magazine. Nessa época usava-se o mimeógrafo, um aparelho que fazia cópias de páginas escritas sobre um papel especial, o estêncil. Ainda na década de 30, foi criado algo que mudaria para sempre a história dos fanzines: A xerox, inventada por Chester Carlson
Até os anos setenta os fanzines se restringiam a fãs de ficção científica, quando foram retomados pelos adeptos do movimento Punk. Uma curiosidade é que o movimento foi batizado com o nome de um fanzine. Empolgados com a cena musical em Nova York, dois amigos, o desenhista John Holmstron e o escritor Legs Mcneil resolveram criar um fanzine que falava única e exclusivamente das novas bandas que estavam surgindo. O Zine foi inicialmente chamado Teenage News, nome de uma música da banda New York Dolls, mas McNeil teve a idéia de utilizar a palavra Punk. Surgiu então, em 1976, a Punk Magazine. Ainda em 1976 saiu o primeiro número da Sniffin'Glue, escrita por Mark Perry, um bancário fã dos Ramones. A Sniffin'Glue conquistou um grande público e incentivou muitos de seus admiradores a começarem a publicar seus próprios fanzines. Logo, os jovens principalmente, perceberam a facilidade de montar uma publicação alternativa. Você não precisa ser jornalista ou trabalhar numa revista para isso, apenas de disposição, algum dinheiro para xerox no caso dos impressos, para pagar a hospedagem no caso da internet e um tema qualquer: música, cinema, política, poesia, etc... Você não precisa dos grandes meios de comunicação. Milhões de zines são trocados por correios por pessoas do mundo inteiro. Você pode até se utilizar em algum momento da mídia de massa para divulgar seu zine, mas acredite, ela é dispensável.
É isso, pegue suas idéias, as coloque num pedaço de papel, enfeite as páginas para dar a aparência que desejas e pronto, nasce mais um Zine!
Luciano Dantas