terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Cachoeira do Santo Antônio do Rio Madeira PVH-RO
...será detonada para se construir uma usína hidroelétrica... energia que não irá ligar nem um ventilador em Porto Velho...eles não estão nem aí pra você.






quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

MALCRIADOS/LETRAS


País Inútil (DReis/MALCRIADOS)
Tantas leis nenhuma cumprida
Plantações e pratos sem comida
Divida interna, miséria eterna
Como é que eu vou sobreviver nessa merda

È o país, é o país, é o país inútil

Votando já sabem
Que serão enganados
Políticos na Tv com cara de safados

È o país... é o país... é... o país... inútil...



Porto Velho Caos (Junior/Andrei/Dinho/MALCRIADOS)
Em cada beco, em cada esquina
Um jovem se nóia
No subúrbio ou no HB*
Uma pessoa morrer

Pelo Bares e bordeis violência e drogas
Sujeira e exploração ao lado da população

Porto Velho
Porto Velho
Porto Velho Caos....

Idéias, Discursos e Mentiras (DReis/MALCRIADOS)
Eles queimaram nossos discos
Destruíram nossas mentes,
Acabaram com a razão

Tentaram me subornar
Com um simples pedaço
Um pedaço de pão

Idéia, discursos e mentiras
Deixem de ouvir, para poder resistir

Idéias sem fundamentos
Discursos sem talento
Mentiras para humilhar


Pichadores (DReis/MALCRIADOS)
Pra quer muros limpos
Se as cidades são sujas

Pra quer muros limpos
Se as autoridades são sujas

O jovem tem que pichar para pode desabafar
A gente tem que pichar para poder protestar

Pichar nas escolas
Pichar no trabalho
Pichar nos palácios
E também nos armários

Pra quer muros limpos
Se as cidades são sujas
Pra quer muros limpos
Se as autoridades são sujas

O jovem tem que pichar para pode desabafar
O jovem tem pichar para poder Falar

Falar sobre ódio
Falar sobre dor
Pichar um poema
Um poema de amor

Pra quer muos limpos
Se as cidades são sujas
Pra quer muros limpos
Se as autoridades são sujas







Beiradeira (DReis/M.Sapao/MALCRIADOS)
Eu sou daqui
Sou da beira do madeira
Eu nasci nesta doideira
Onde gringo mete a mão
E na canoa descobri que a vida é boa
No balanço do remanso
Pescando aruanã

Mas tu não me conhece não
Mas tu não me conhece não meu irmão
Mas tu não me conhece não...

E bem nascido filho de uma beiradeira
Descendente do madeira uma história vou contar
É da cidade é caboclo e pescador todo mundo
Sem dinheiro e a tendência é piorar

Mas tu não me conhece não...
Mas tu não me conhece não meu irmão
Mas tu não me conhece não...

É provisório é provedor é Internet
Todo mundo maluquete com esse tal globalizar....
Tem parabólica encima de açaizeiro
Celular pra seringueiro
Pra gente comunicar

Mas tu não me conhece não...
Mas tu não me conhece não meu irmão
Mas tu não me conhece não...

Agir (DReis/MALCRIADOS)
Cortarei teus pulsos com meus lábios
Invadirei tua mente com loucuras

Colherei flores de algum tumulo
Enquanto seu corpo estiver puro

Se você quiser chorar
Não ira conseguir
Gritar também você não pode
Sua força chegou ao fim

O meu corpo ainda esta fervendo
Com horror de algum ser
Que continua nos meus pensamento
E a te agora não descobri o que é... se você quer falar...


Vizinhos (DReis/MALCRIADOS)
Se chego 7 horas estão todos me olhando
Se chego meia noite estão me observando
Se eu to com a minha gatinha estão todos sacando
Se eu chego de manhã é aquela azucrinação

Vizinhos, podres vizinhos
Vizinhos, carrapatos vizinhos
Vizinhos, fiquem na sua vizinhos
Vizinhos, larguem do meu pé....

Se curto um som bem alto
eles estão blasfemando
Seu eu acordo tarde eles estão cochichando

Tu bem que podia ser irmão do Queiroz
Deixar de aluguel e botar um pra nós.

Vizinhos, podres vizinhos
Vizinhos, carrapatos vizinhos
Vizinhos, fiquem na sua vizinhos
Vizinhos, larguem do meu pé....

Solidão (Andrei, C.Jhonson, , DReis, MALCRIADOS)
Eu já cansei de tentar te esquecer
Eu já cansei de tentar compreender
Já não sei o que posso fazer, pra não sofre

As fotos colocadas na estante
São lembranças de um passado distante
Que eu fico a me perguntar
Quando isso vai acabar
Eu não sei !

Eu já cansei de tudo
Eu já cansei de todos
Eu já cansei até de você...

Eu já pirei de buscar a solução
A garrafa esta vazia em minhas mãos
Mas uma farra acabou
e nada mais me restou a não ser...a solidão....

Homem inconsciente (Andrei, DReis, MALCRIADOS)
O homem está inconsciente
destrói arvores e animais
Logo daqui a algum tempo
não haverá vida mas.

Sempre com tanta ganância
Só pensa em dinheiro e poder
Gente morrendo de fome
E eles nem querem saber

O homem esta inconsciente
o que podemos fazer
O homem esta inconsciente
e só nos resta morrer..

Descendo o Madeira (Binho)
Desci madeira abaixo
e acho, acho, acho que vi
O boto dando um trato
Passando a bola ao tambaqui

E uma piranha louca a sorrir
Jacaré nada de costas por alí
Puraqué, projeto em punho
Diz que já fez até rascunho
Pra resolver de vez
A crise energética

Desci madeira abaixo
E acho, acho, acho que ouvi
O pacu dando um esculacho
malhando a vida do jaraqui

e o baiacu, alegre, admitir
que a nova geração nascia ali
peixe-boi cheio de graça
afirmava de piraça
- o reino rio é feliz
por não ter nenhum delfim

desci madeira abaixo
diacho, ri acho, acho que ri
ri do meu sonho bobo
de ver sereias morando ali



PAÍS INÚTIL (DReis/MALCRIADOS)
Tantas leis
E nenhuma comprida
Plantações e pratos sem comida

Divída e miséria sempre eterna
Como é que eu vou sobreviver nesta merda....

é o país
é o país
é o país inútil

Votando e já sabem
Que serão enganados
Políticos na tv com cara de safados.

é o país
é o país
é o país inútil

No Subúrbio (DHC)


No subúrbio proletáriono subúrbio desemprego

as crianças andam descalças e os jovens vendem drogas.
Vou no subúrbio....
No subúrbio proletário, no subúrbio sem dinheiro
A gente espera o marechal que é difícil de chegar.
Vou no subúrbio....

Magrinha do cai n'agua (Hugo Fotopoulos)

De barra forte, comendo farinha d'aguacomo é bom te ver

magrinha do cai n'agua.
Com a perna firidenta
comendo mandí na brasa
magrinha por você
minha boca se enche d'agua
...magrinha do cai n'agua







segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Um pouco da Amazônia...


AMAZÔNIA, um mundo diferente (1)

“Eu posso afirmar, sem medo de errar, que, se essa floresta for derrubada, ou mesmo substituída por outro tipo de vegetação, dentro de poucos anos não restará mais nada por aqui a não ser um imenso e desolador deserto.” (Dr.Schubart)
ÁREA E LOCALIZAÇÃO
A bacia amazônica abrange territórios dos seguintes países da América do Sul: Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia e Guiana Britânica. Compreende uma área total de mais de 6,5 milhões de km2. Trata-se de “uma unidade regional que permite considerar o conjunto amazônico como um mundo particular dentro do mundo sulamericano”. (Ferreira Reis )(1)
A Amazônia brasileira consta de 4 milhões de km². Quais as terras do Brasil que formam parte dela? São os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e partes dos estados de Tocantíns, Maranhão, Matto Grosso e Goiás.
O RIO AMAZONAS
“Rio majestoso que encerra uma décima das águas fluviais de todo o globo.” (Teodoro Roosevelt) (2)O rio Amazonas, eixo da bacia, principal do conjunto fluvial da volumosa massa dágua possui 6.294 km. O Amazonas foi descoberto em 1540 pelo espanhol Orelhana: “O primeiro explorador da volumosa artéria, egressou do Peru, nas aperturas dum combate malogrado, mal escapou das frechas selvagens, criou a lenda das Amazonas, mulheres guerreiras que conseguiram, afinal, dar o nome da tribo ao rio”. (Raymundo Moraes) (3) Recebe quase 200 afluentes, dos quais uns 100 são navegáveis e tendo 17 deles de 1.500 a 3.600 km Despeja no oceano maior quantia dágua que o Mississipi e o Nilo juntos. “O Amazonas pode ser navegado por grandes transatlânticos ao longo de todo o seu curso em território brasileiro.” (Nash )(4)
O Amazonas e a floresta
“ O Amazonas é o rio mais caudaloso do mundo. Suas águas correm do ocidente para o oriente, do ocaso para o levante, dos Andes para o Atlântico. A parte mais importante do seu curso demora quase toda na linha do equador, ao passo que a bacia formada pelos seus afluentes se alonga por muitos graus ao norte e ao sul deste círculo. Essa bacia equatorial gigantesca se acha dominada por imensa floresta –a maior do mundo- não se podendo compará-la a qualquer outra, exceto as da Malásia, e Africa Ocidental.” (Roosevelt)
As enchentes
Muito variáveis são as alturas das enchentes do Amazonas: “No curso inferior do Amazonas, abaixo de Obidos, a enchente máxima nunca excede a 12 ms sobre a jusante mínima. Em Tefé, porém, no alto Amazonas, são 2 as convulsões anuais do rio-mar: uma de apenas 5 ms em novembro e dezembro e outra de 15 ms em junho. As artérias entumecidas da região do Purús elevam-se de 20 ms, quando o caudal se enraivece”. (Nash)

O Amazonas constroi
“Constroi, porque nas descidas das águas fertiliza, com os sedimentos vários que deixa sobre as margens, permitindo aquelas lavouras alimentares que garantem ao homem o necessário para a acometida que ele realiza sobre a floresta. Essas margens baixas, e assim tão úteis, lavadas e adubadas são as várzeas, que por tal se distinguem das chamadas terras firmes”. (Ferreira Reis)
O Amazonas destroi
“Destroi porque na época do crescimento das águas, inunda vastíssimas áreas onde vivem os rebanhos, onde se faz a pequena agricultura de intenção alimentar, matando os rebanhos, destruindo as lavouras. O fenômeno das terras caídas toma proporções nesse período: enormes trechos das margens altas do rio e seus afluentes desabam, comidas pelas águas, tudo arrastando, inclusive gigantescos especímes da flora regional”. (Ferreira Reis)
As inundações
Vejamos como Raymundo Moraes nos descreve as inundações do grande rio:“A floresta farfulha debatendo-se na fúria desencadeada dos ventos. As árvores inclinam-se, arqueiam-se, perdem as copas quando não é o raio, numa linha quebrada e incandescente, que as fulmina lascando-as em duas, de alto a baixo. A natureza enfurecida urra sinistramente, apavorando animais e homens. A água todavia, continua a subir. Vai engolindo as faixas post-quaternárias, as várzeas e os tesos das campinas onde pastam os rebanhos. Os habitantes alarmam-se. Têm o pressentimento funesto de que a cheia ao contrário das cheias normais, traga a inundação destruidora de muitas épocas memoráveis. A fim de atenuar a desgraça, armam-se as marimbas para o gado, largos giraus de achas grossas e resistentes, sobre os quais a manada sobe e espera a estiada. Ao largo, no fio crespo da corrente, descem de bubuia, rumo da foz, os troncos de paus povoados de aves, as ilhas flutuantes de canarana agasalhando cobras, as canoas arrancadas aos portos, as bolas de borracha arrebatadas aos terreiros e as sementes vegetais das cordilheiras, que fazem, numa transplantação de selvas opostas, a flora do estuário, em alagadiços, ter semelhanças com a flora das nascentes, nos altiplanos.” E as chuvas continuam, invadindo campinas e florestas: “É o dilúvio! As marombas foram atingidas. Com as pernas mergulhadas semana a semana consecutiva, com os cascos descolados e o couro rachado, caem mortos os bezerros e as vitelas, as novilhas e os garrotes. Os fazendeiros e os agregados que se acham nas imediações, com as bagagens embarcadas em canoas e batelões, esperançados de que o desastre não fosse tamanho, mudaram-se para os firmes longinquos e transportam, nas suas pequenas arcas de Noé, as rezes que escapam. De 2 ou 3 mil cabeças restam 200, 300. Quem tinha 20, 30, fica reduzido a 5, 6 . É a miséria!” (Raymundo Moraes)
A metamorfose
“A principal característica do Amazonas é a metamorfose. Para fixar suas linhas de drenagem, na construção das molduras que o apertam no canon, apaga de noite o que delineou de dia. Solapa, roe, gasta, para mais adiante restaurar. Os vastos cananaes que faziam a fortuna dos municípios de Santarem, Alenquer, Obidos e Parintins, contam-se no presente pela terça parte. Foi a corrente que os reduziu, foi a inundação que os matou. Campos extensos, rasgados a braços na gleba litoránea, com casas a 500 m da calha, na volta de 5 anos não existem mais, engulidos pela voragem fluvia. A ilha de Muratuba, pouco acima da foz do Trombetas, uma das mais povoadas, farta de plantações, extinguiu-se na investida de 3 enchentes. Manicoré, cidade do Madeira, está condenada” … (Raymundo Moraes)

Notas do texto:
(1)Reis, Arthur César Ferreira “O Impacto Amazônico na Civilização Brasileira” Rio de Janeiro, 1972.
(2)Roosevelt, Teodoro “Nas Selvas do Brasil” Imprensa Nacional. Rio de Janeiro, 1848
(3)Moraes, Raymundo “Na Planície Amazônica” Cia.Edit.Nal. São Paulo, 1938
(4)Nash, Rey “A Conquista do Brasil” Cia.Edit.Nal.São Paulo 1960
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terça-feira, 20 de novembro de 2007

"Dia Nacional da Consciência Negra"





A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois ele representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Zumbi dos Palmares morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.


“A consciência negra é, em essência, a percepção pelo homem negro da necessidade de juntar forças com seus irmãos em torno da causa de sua atuação - a negritude de sua pele...” (Stive Biko).




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