quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

FIDEL CASTRO

(1926-....): Nome completo Fidel Alejandro Castro Ruz. Advogado. Em 26 de julho de 1953 liderou um grupo de 120 no assalto ao quartel Moncada em Santiago de Cuba. O assalto fracassou e vários revolucionários foram presos ou mortos. Fidel foi preso e no curso do processo apresentou a sua própria defesa, o célebre texto "A História Me Absolverá". Foi condenado a 15 anos de prisão, mas tendo cumprido 32 meses da pena foi beneficiado com uma anistia e partiu para o exílio no México aonde veio a conhecer Che Guevara. Retornou a Cuba comandando uma tropa de 81 revolucionários que a bordo do iate Granma invadem Cuba no dia 2 de dezembro de 1956. As forças do ditador Fulgêncio Batista quase aniquilam com todos na localidade de Alegría de Pío. Os sobreviventes refugiam-se na Sierra Maestra aonde dão início à guerra de guerrilhas contra a ditadura cubana. Após 2 anos de luta a revolução é vitoriosa e os guerrilheiros, tendo à frente Fidel e Guevara, entram vitoriosos na capital Havana, no dia 8 de janeiro de 1959. Em 16 de fevereiro do mesmo ano Fidel assumiu o cargo de Primeiro Ministro e em abril de 1961 declarou o caráter socialista da Revolução Cubana.





...SE VC AINDA NÃO DERRAMOU SUA COCA-COLA NO CHÃO AINDA DÁ TEMPO....HEHEHEHEHEHE.
VIVA A REVOLUÇÃO!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

FALAR É BOM!!!!


POR QUE NÃO TE CALAS?
A Amazônia está sendo devastada Produzimos lixo a toda hora A violência toma conta do país A educação vai de mal a pior A saúde está na UTI A água está se esgotando Político, politíca Deus pode mudar de endereço...- Por que não te calas?-Se eu me calar, quem poderá me ouvir?
Valter Fernandes da Silva
Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2008Código do texto: T805785

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

MEIO AMBIENTE


Publicada em 06/12/2007 às 16h26m - PRA NÃO ESQUECER!
A organização não-governamental Amigos da Terra - Amazônia Brasileira pediu na Justiça a suspensão do leilão de licitação da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, marcado para a próxima segunda-feira.A entidade alega que a Licença Prévia (LP), emitida pelo Ibama em julho, é "ilegal" porque teria desconsiderado as recomendações do corpo técnico do próprio órgão ambiental pela não concessão da licença.
O corpo técnico do Ibama emitiu um parecer em março deste ano, em que negava a concessão da LP alegando falhas nos estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) realizados pelo consórcio Furnas/Odebrecht e pedindo a realização de novos estudos. No entanto, o Ibama teve a sua diretoria trocada um mês depois e parte das suas funções transferidas para o então recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade."A nova diretoria do Ibama - substitutiva daquela que, previamente, não havia concedido a licença - foi responsável, de acordo com os proponentes, por um ato viciado de ilegalide e improbidade administrativa", diz o comunicado à imprensa. A licença foi emitida em julho, mas sem a divulgação da justificativa que, segundo os ambientalistas, comprova que a nova diretoria ignorou as recomendações dos seus técnicos.Para a ONG, a justificativa foi publicada quatro meses após a licença, sem citar o parecer dos técnicos do Ibama, de forma deliberada para não atrapalhar o leilão.Até o momento, a diretoria do Ibama não se pronunciou sobre a ação movida pela ONG Amigos da Terra.
Segundo Gustavo Pimentel, da Amigos da Terra, a ONG não entrou na Justiça antes para contestar o leilão porque, embora suspeitasse, não dispunha de "provas" até novembro de que as recomendações não haviam sido seguidas. Antes da emissão da licença, o Ibama pediu estudos complementares, mas, na visão da ONG, foram "apenas alguns estudos parciais para consultores externos, principalmente do Ministério de Minas e Energia".Juntamente com a licença, o Ibama emitiu 33 condicionantes que previam medidas mitigadoras para os impactos ambientais e sociais do empreendimento.A entidade também argumenta na Ação Civil Pública, apresentada nesta quarta-feira em Brasília, que houve uma "explosão de desmatamento" na área onde serão construídas as usinas desde a concessão da LP. Segundo dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento em determinadas regiões de Rondônia aumentou 600% em setembro deste ano em relação ao mesmo mês de 2006. Questionado sobre o aumento, o secretário do Meio Ambiente de Rondônia, Augustinho Pastore, diz que deveria ser considerado o desmatamento ao longo do ano e não de um mês específico."Os mesmos dados do Inpe provam que diminuímos 37,86% de janeiro a outubro", afirma Pastore. "Esse dado é mentiroso, você não pode considerar o índice de um mês." Mas Gustavo Pimentel diz que a derrubada de florestas vem aumentando desde julho, mês em que saiu a LP, e diz não ter dúvida da ligação entre o desmatamento e a liberação do empreendimento de Santo Antônio.
O consórcio Furnas/Odebrecht diz que contratou especialistas renomados do país e do exterior para realizar os estudos de impacto ambiental e alega que nunca um rio foi tão estudado para um empreendimento. O consórcio também admite que outros estudos serão necessários para a concessão da Licença de Instalação (LI), mas afirma que os que já existem são suficientes para a licença prévia.
A Amigos da Terra é uma das entidades mais críticas às hidrelétricas do Rio Madeira, obra que o governo federal diz ser fundamental para suprir a demanda energética do país a partir de 2012. A entidade lançou recentemente uma campanha junto aos potenciais investidores para tentar convencê-los de que os impactos ambientais haviam sido mal avaliados e poderiam ser converter em riscos financeiros no futuro.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também mantém a resistência contra as usinas e promete uma ação de impacto no dia da licitação.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

sábado, 9 de fevereiro de 2008

CONTRACULTURA

Os 10 mais lendários casamentos entre música e política
Como veículo legítimo e livre de amarras, a música é plataforma para os mais diversos impulsos humanos, entre eles, a indignação, a idéia de mudar o mundo ou o simples apoio a determinada causa; a seguir, reunimos um apanhado com dez exemplos sônicos de politização.
Caio Martins - Se o Pearl Jam fará diferença no desenrolar das primárias democráticas, não importa muito. Fato é que diversos músicos, assim como os roqueiros de Seattle, não fogem da raia quando o assunto é política. O objetivo, mais do que causar comoção nacional, é sentir que não se pode ficar alheio ao que se passa. Afinal, o papel do artista é retratar poeticamente seu tempo. É claro que os músicos pop também são conscientes da massa de seguidores que os persegue. Logo, fiéis levantam o ibope das canções e o conteúdo atinge maior ressonância. Por isso, personalidades, segurem o tcham: todo cuidado é pouco com a imagem pública se por acaso vocês estiverem sob o julgo de rock stars. Abaixo, listamos dez canções e episódios em que música e política se fundiram.
1. "Hang the Pope", Nuclear Assault - Jéééésus! Essa banda nova-iorquina de thrash metal fazia questão de jogar o bom senso pela janela. De maneira bem-humorada - isto é, depende do quão longe vai seu gosto por humor negro - o Nuclear Assault foi uma das poucas bandas de hardcore/crossover que balanceava seu criticismo social (por vezes manjado) com manifestações grotescas de grindcore. Um desses espasmos é "Hang the Pope". Mais do que um hino anti-clerical, a canção é a imagem de jovens ateus divertindo-se com os clichês satânicos do estilo, condenando o Papa João Paulo II à mesma morte experimentada por tantos outros durante a Inquisição, há 300 anos. "Let`s go to the Vatican/Gat him out of bed/Put the rope around his neck And hang him ‘til he's fucking dead".
2. "California Über Alles", Dead Kennedys - George W. Bush não é o primeiro republicano a misturar política com fundamentalismo religioso. Pelo menos é isso que Jello Biafra, frontman dos Dead Kennedys, dá a entender em "California Über Alles". A canção também é recado direto a um político - neste caso o então governador da Califórnia, o ultra-conservador Jerry Brown. Nela, acusa-o de querer abusar de sua megalomania para se tornar um mix de Aiatolá com Hitler. "Um dia eu serei Führer/Vou comandar todos vocês/Suas crianças vão meditar na escola". Um ano depois, os DKs fariam uma ótima paródia de sua própria música, "We've Got a Bigger Problem Now". Além de transformarem a versão original em cool jazz, Biafra atualizou as letras e mandou pau no caubói/galã de cinema/presidente neoliberal Ronald Reagan. Ao invés de antever campos de concentração, Jello, mais astuto, citou os campos de morte que a política externa americana havia criado pelo mundo afora: "Morra em nossos novos gases tóxicos/El Salvador ou Afeganistão/Fazendo caixa para o presidente Reagan".
3. "Washington Bullets", The Clash- As referências políticas aqui são tantas que, para o ouvinte, fica a sensação de que Joe Strummer leu e releu o versículo "Guerra Fria" na Barsa. Em suas primeiras estrofes, "Washington Bullets" oferece muitas homenagens a Fidel Castro ("Castro is a color that is redder than red/Those Washington bullets want Castro dead") e Salvador Allende, além da celebração da Revolução Sandinista na Nicarágua - conteúdos alinhados com a estética militar da banda, algo que os envolvia na ética panfletária e demagoga do realismo socialista. Para sorte da inteligência, The Clash (no destaque) mostrou que não era de fazer propaganda para ninguém não: de forma articulada, citou as atrocidades cometidas pelos soviéticos ("And if you can find a afghan rebel that the Moscow bullets missed/Ask him what he thinks of vote communist") e chineses ("Ask Dalai Lama in the hills of Tibet/How many monks did the chinese get?"), pintando um quadro fiel às maquinações que mancharam com sangue as ideologias de ambos os blocos. Visão plena de punks que alcançaram maturidade.
4. "No W", Ministry- Primeira faixa do álbum inteiro dedicado a George W. Bush Houses of The Molé, "No W" abre um set de nove músicas, sendo que todas as restantes, além de se referir direta ou indiretamente ao Lorde da Guerra, começam com a letra W. (Alerta aos desavisados: na Terra do Sam, para diferenciá-lo de seu papai, o atual presidente yankee é chamado por alguns apenas de "W"). O refrão poderoso de Carmina Burana, sujado por densa mixagem, é executado sobre samplers de discursos de W. Bush desfiando seus conceitos abstratos sobre "terrorismo" e "eixo do mal". A seguir, vocalista/berrador Al Jourgensen dá o tom com frases impagáveis como "Half the world is on the toilet and half on its way", ou "Ask me why you feel deceived and stripped of all your liberties/It doesn't take a genius to explain that today". R.E.M., Bruce Springsteen e Green Day se gabam de suas vagas (e lucrativas) críticas aos EUA pós-11 de setembro, mas só a máquina desumanizada do Ministry fez algo contundente a respeito.
5. "Let`s Start a War... Said Maggie One Day", The Exploited- O que seria do Exploited se não fosse pela Margaret Thatcher? A Dama de Ferro do Reino Unido, primeira-ministra do país por 11 anos (1979-1990), pôs seu nome nos anais da história pelas agressivas reformas neoliberais na Inglaterra - o que jogou as taxas de desemprego lá pra cima, no alvorecer dos anos 80. Em pleno auge do clima escapista da Synth Pop, os punks do Exploited gastavam menos tempo em imitar os maneirismos de David Bowie e menos dinheiro com sintetizadores, preocupados que eram em malhar incansavelmente a "Maggie", como chamavam a governanta. O apelido, inclusive, foi usado no título do segundo álbum: Let`s Start a War... Said Maggie One Day, de 1982 (foto menor) - mesmo ano em que Thatcher guerreou com nossos hermanos argentinos pelas Ilhas Malvinas. Engraçado notar que, tão logo a crise econômica foi domada no Reino Unido, o Exploited virou peça de museu.
6. Roqueiro = político- Há quem canse de brandir a guitarra e parta direto para o peito-a-peito. Frank Zappa, por exemplo, concorreu para as primárias do Partido Libertário dos Estados Unidos, nanico eleitoral daquele país, em 1988. Zappa já tinha presença política atuante nos anos 80. Na turnê do mesmo ano, o maestro fazia campanha junto a seu público, incitando-os a simplesmente participar do pleito eleitoral. Gesto louvável, considerando que voto não é obrigatório nos EUA, o que ocasiona altos índices de abstenção em eleições presidenciais.
7. Roqueiro = político, parte 2- Antes mesmo de estrear pelo Dead Kennedys com o clássico Fresh Fruit For Rotting Vegetables, Jello Biafra se candidatou a prefeito de San Francisco, em 1979. Até que não foi tão desastroso: recebeu pouco mais de 6,5 mil votos, cravando a quarta posição nas eleições. Entre outras propostas, sua plataforma eleitoral incluía banir o uso de carros como meio de transporte e obrigar todos os executivos da cidade a se vestirem como palhaços. Jello contou até com carreatas: seus simpatizantes mostravam, em faixas e placas, dizeres como "Se ele não for eleito, eu me mato" e "E se ele ganhar?!". Para quem pensa que Biafra encara política como brincadeira, porém, deve saber primeiro que, na discografia de sua carreira pós-Dead Kennedys, figuram oito LPs sem qualquer música, contendo apenas discursos políticos (!) que veiculam algumas das idéias e opiniões do garoto-crânio do punk.
8. "God Save The Queen", The Sex Pistols- O que caracteriza a trajetória dos Sex Pistols é a dicotomia que os cerca: a provocação que veiculava a crítica ácida era inegável. Sob a batuta do empresário Malcolm McLaren, contudo, o grupo passava a impressão de que tava afim mesmo de escândalos e controvérsias - comida favorita dos tablóides britânicos. Ou seja: puro e fino marketing. "God Save The Queen" é ótimo exemplo: seu título original é "No Future". De acordo com o vocalista Johnny Rotten, a idéia era ridicularizar o culto à pompa da realeza e o espaço que ela ocupava no cotidiano da vida britânica, em tempos de vacas magras. McLaren, muito vivo, resolveu alterar o nome da música e lançá-la como single. A data? O jubileu de prata da Rainha Elizabeth, durante o qual a banda divulgou o hit de um barco no rio Thames. Logo após, foram detidos pela polícia, arranjaram briga com o país inteiro e o single disparou para o topo do UK Chart. Isso sim é cinismo.
9. "Fernandinho Veadinho", Garotos Podres- Depois das massivas manifestações das Diretas Já, em 1984, o último momento em que o povo brasileiro sentiu que poderia fazer a diferença na política do país foi o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992. Claro que o movimento das caras-pintadas, mais do que fator determinante, foi a apoteose de um processo irreversível. Mas quem participou daquele panelaço teve revigorante sentimento de poder nas mãos. Falou de protesto, falou de corrupção... falou de Garotos Podres. Se para eles foi fácil corroer a figura do Papai Noel, mais fácil ainda foi detonar o homem que hoje, quem diria, está de volta ao congresso nacional como deputado. Não faltam menções ao seu "aquilo roxo", ao famoso jet-ski, à "biita" primeira dama ("Elle se diz um cidadão respeitável/Até se casou com uma boneca inflável") ou sua formação marcial em karatê. Para completar, o vocalista Mao tira o seu da reta: "Esta é uma história fictícia. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Espero que ninguém vista a carapuça". "Elle" é cruel...
10. "Luís Inácio (300 picaretas)", Paralamas do Sucesso- Essa música do Paralamas, gravada em 2000, ainda pagava homenagem a Lula como a maior esperança da "esquerda" brasileira. Derrotado em três ocasiões consecutivas (1989, 1994 e 1998), as expectativas a respeito do governo petista eram altas. Seis anos se passaram depois de Lula assumir a presidência e os Paralamas ainda não escreveram nenhuma música sobre o mensalão, as mortes dos prefeitos de Santo André e Campinas, as dezenas de ministérios inúteis criados, as políticas de cotas, os cartões de crédito... Alguém Alguém avisa o trio que os picaretas são muito mais que 300. http://msn.skolbeats.com.br/beatsbox/noticias/1188
....e O "ROCK em RONDÔNIA"...Não´poderemos esquecer das bandas politizadas DHC, Malcriados, Vítimas do Sistema, Diarréia Krônica, Ovelhas Negras, que sempre colocaram e colocam suas opiniões políticas em seus sons, a música "Porto Velho kaos" é um exemplo, quem já ouviu e já viu um som dessa rapaziada sabe disso! VIVA A REVOLUÇÃO BERADEIRA!!!!
malcriados_pvh@hotmail.com
Editado por DREIS.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"...PARA QUEM PRECISA..."

Ratosuniformizadosseuscérebrossãoosrádioseseuspensamentosasordensvindadelesseusolhostapadosporlustrososcapacetescriadospelogovernoparaprotegeropovoouparaprotegelosdopovo.
Luciano anônimo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

NOTÍCIAS AMBIENTAIS - Grileiros já invadem sul do Amazonas

VAMOS SE LIGAR NA MISSÃO PARENTADA!
- O avanço do desmatamento, estimulado pela especulação imobiliária e pela perspectiva de ganhos ligados à expansão da fronteira agropecuária (principalmente com a soja), já chega em novas frentes. O sul do Amazonas está em alerta máximo. Crimes ambientais, invasão e especulação de terras públicas no sul do Amazonas foram denunciados nesta semana (10/09) , pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). De acordo com o órgão, uma área de mais de 4,2 milhões hectares de terra às margens da Transamazônica (BR-330) - somente nos municípios de Camutana, Huimaitá e Manicoré - estão sendo invadidas com apoio de deputados e prefeitos dos estados de Rondônia e Mato Grosso, gerando um clima de violência e marginalidade."O Amazonas está passando por um momento extremamente delicado, o cenário é comparado aos pontos de cocaína nos morros cariocas. No meio da floresta, temos uma área extensa acobertando crimes e a ilegalidade", alertou o superintendente regional do INCRA, João Pedro da Costa (foto).O INCRA constatou a venda ilegal de terras públicas nos municípios de Canutama, Manicoré, Lábrea e Humaitá, durante expedição de dez funcionários do órgão, que em 40 dias - 12 de julho a 20 de agosto - percorreram 850 quilômetros de cerrado e floresta, acompanhados por dois policiais federais. Todo trajeto foi monitorada pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que acompanhou o deslocamento da equipe.Na área de floresta - municípios de Manicoré, Lábrea, Camutama e Humaitá -, os funcionários constataram o desmatamento da mata para demarcação ilegal de terras públicas. Os técnicos estimam que 300 pessoas façam parte do esquema que tem como objetivo a especulação imobiliária. "Áreas de 40, 50 mil hectares são invadidas e depois divididas em lotes em nome de laranjas", explica a técnica de cartografia Soraya Braga.Ela afirma que as áreas são vendidas por preços "altíssimos" sem recibos ou qualquer outro comprovante. "Não há respeito contra a terra pública, eles invadem tudo, demarcam e colocam um capataz armado para tomar conta da área", afirma.A violência é uma característica da grilagem de terras no sul do Estado. Durante a expedição do INCRA, em Humaitá, a PF prendeu um suboficial do Exército, que não teve o nome revelado, portando duas armas (uma escopeta e uma sub-metralhadora), além de recibos totalizando quase R$ 3 milhões relativos a venda de 200 mil hectares de terra."O homem foi preso e enquanto eu acompanhava o processo permaneceu na delegacia de Humaitá, mas depois foi liberado por motivos que desconheço", diz o procurador do INCRA, Carlos Alberto Salles.O laudo do INCRA constatou que a área de cerrado é ocupada por agricultores que vem do Sul e fazem grandes investimentos, comprando equipamentos, construindo armazéns e casas para produção de soja, milho e arroz. Um grupo de duas dezenas de produtores ocuparam as terras pertencentes aos municípios de Camutama, Humaitá e Manicoré.O decreto 1.164 estabelece que 100 quilômetros das margens das rodovias federais são responsabilidade do INCRA, portanto 85% das terras invadidas são federais. Os outros 15% pertencem ao Estado.
(Patrícia Almeida) Link padrão http://www.amazonasemtempo.com.br/
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