sábado, 1 de novembro de 2008

Sociedade Sustentável na Amazônia - Jean-Pierre Leroy

Uma ética renovada da democracia fundadora de uma sociedade sustentável. O exemplo amazônico brasileiro

O uso do conceito de “desenvolvimento sustentável” como perpetuação da ilusão do progresso não deve nos levar a concluir que está na hora de abandonar o conceito e o terreno aos abutres, embora prefiramos falar de “sociedade sustentável”. Propõe-se aqui, à luz de flashes amazônicos, mostrar como o que chamei precariamente de “ética renovada” é vivido de um certo modo na Amazônia e pode dar elementos para pensar uma sociedade sustentável na Amazônia.

Formada muito recentemente, à escala dos processos geológicos e naturais, a existência da floresta amazônica faz refletir sobre a fragilidade do nosso futuro. A floresta tem uma importância inegável como sorvedouro de CO2, umidificadora e amenizadora do clima, conservadora viva da variedade da vida. Mas demonstra agora uma fragilidade patente no balanço produção/consumo de CO2, ameaçado pela queima crescente da mata e dos campos; nos equilíbrios climáticos cujos periódicos desajustes vêm se multiplicando pela intervenção dos aprendizes de feiticeiro que somos; na biodiversidade aparentemente inesgotável mas cuja erosão pode chegar a um crescimento geométrico; nas suas águas, visível no volume e no regime dos afluentes da margem direita do Amazonas e na tendência a menor umidade de grandes áreas de florestas. Por isso, a população amazônica se vê investida de uma missão de conservação do que seria “patrimônio da humanidade”.

Os setores econômicos e políticos dominantes consideram a Amazônia como a última fronteira a abrir ao seu voraz apetite de lucro, e, por isso, não hesitam em instalar no congresso uma CPI das ONGs, sem nexo nem foco, e pressionar por todos os meios por mudanças catastróficas do Código Florestal. Por que então não escutar sua população? A conservação da Amazônia é ou, mais exatamente, era o projeto de futuro dos povos indígenas e dos caboclos ribeirinhos, freqüentemente obrigados hoje, por condições de sobrevivência, a liquidar com os seus recursos. Estas populações colocavam limites culturais e religiosos à exploração da floresta. Limites acionados unicamente em função das necessidades de reprodução individual e coletiva, não só das famílias e comunidades de hoje, mas das do futuro. A natureza, fonte de espiritualidade e de vida, não é algo que se quer dominar. Negocia-se com ela, que é temida, respeitada, manejada, assegurando que ela vai continuar a dar fartura e sustento.

Freqüentemente, certos grupos sociais amazônicos, semi-extrativistas semi-produtores, foram apressadamente apresentados como vivendo em regime de subsistência, distantes do mercado. Não é verdade, mas a inserção de muitos deles no mercado dava-se, e ainda se dá, nos marcos dessa reprodução familiar e não do lucro capitalista; portanto colocavam-se limites à exploração. Quanto à extração da borracha nativa, as condições mesmo da sua exploração, depois da primeira fase de dizimação total dos seringais do baixo Amazonas, exigiam que fosse preservado o ambiente natural.

Se essas estratégias de sobrevivência aparecem hoje mais merecedoras de registro etnográfico do que de incentivo econômico, as grandes questões ambientais nos fazem descobrir como esses povos e grupos sociais estão inseridos num projeto ético que liga a sua realidade à macro-esfera da ética. Sua existência de sacrifício e de teimosia lembra que não se pode construir desenvolvimento a custo da insustentabilidade e do desaparecimento de sociedades, pois, com eles, desaparece a possibilidade de um mundo humanizado, quer dizer um mundo onde o ser humano possa viver como gente. Lembra a continuidade e a coerência existentes entre a forma como se gera o quotidiano e a gestão do futuro da humanidade. Recorda, enfim, que existe a possibilidade de um outro mercado, a serviço da vida e não do lucro.

Não se trata de voltar ao passado e de isolar num ambiente anacrônico povos indígenas ou de restituir a extrativistas um mítico paraíso que nunca tiveram. A Amazônia quer hoje encontrar novos caminhos para um genuíno desenvolvimento sustentável. Duvido que estes caminhos possam ser encontrados pelos grupos econômicos e políticos que investem, depois do pasto, da mineração e da metalurgia bruta, na segunda onda, da madeira e do alumínio, ou já na terceira, dos grãos, em especial da soja. Pois continua a perspectiva de enclaves, da Zona Franca e Carajás até o Brasil em Ação, cujos projetos de infra-estrutura atravessam a Amazônia como um corredor obrigatório para exportação. Falta o debate com a sociedade amazônica no seu conjunto. Falta a percepção que a população da região deve ser a base e o motor do futuro da região. Falta cultura no sentido de uma visão do mundo fundada sobre os valores mencionados aqui. Falta ética.

O que falta às classes dominantes encontra-se nas classes trabalhadoras e “povos da floresta”. Organizações indígenas, movimento sindical no campo, movimento dos seringueiros, dos colonos da Transamazônica, dos pescadores artesanais, das cortadoras de babaçu, movimentos urbanos, fóruns de entidades, ONGs, setores políticos, pessoas de boa vontade... uma multiplicidade de pessoas e grupos colocam ou começam a colocar em prática a “responsabilidade-projeto” construtora do futuro. Em centenas de experiências, de projetos e de propostas, estão esboçando um outro tipo de desenvolvimento para a região.

Se o poder – qualquer poder não se auto reforma, a construção do futuro exige, portanto, mudanças no poder. Mas como um novo poder pode evitar reproduzir automaticamente os vícios do antigo poder? Como pode se levantar sem ser preso ao chão do imediato pelo peso do quotidiano e ao círculo estreito de uma moral da reciprocidade para com a sua clientela? A ética da responsabilidade-projeto para com o futuro pode ser o impulso que coloque em movimento a constituição de um novo poder e o ajude a levantar vôo.


Jean-Pierre Leroy é educador, assessor da Área de Meio Ambiente e Desenvolvimento da Fase e membro da Coordenação do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento.

www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=19&id=207

Foto: Dinho Reis (aldimarreis@yahoo.com.br)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ambiente Rondônia - Rio Madeira

Hidrelétricas e GASES DE EFEITO ESTUFA
Hidrelétricas são freqüentemente promovidas pelas autoridades governamentais como uma fonte “limpa” de energia, em contraste com termoelétricas. Embora a contribuição da queima de combustíveis fósseis para o efeito estufa seja bem conhecida, hidrelétricas não estão livres de impactos. Represas hidrelétricas em áreas de florestas tropicais emitem gases de efeito estufa, tais como gás carbônico (CO2) e metano (CH4). A razão impacto/benefício varia muito entre diferentes represas, dependendo da produção de energia.

...pare pra pensar Porto Velho, Rio Madeira nunca mais...


http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/mss%20and%20in%20press/tuc-ghg2-port.pdf

http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/mss%20and%20in%20press/SAMUEL-EM-3-port-2.pdf

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

COMUNICAÇÃO E CULTURA

Programa diário rádio online: Porto Velho Caos as 18:00 hs

acesse e ouça:


http://www.portovelhocaos.com.br/

sábado, 13 de setembro de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

MANIFESTO BÊRA

PVH está passando por mais um ciclo econômico, teve o da borracha, castanha, polo noroeste, garimpo e todo mundo veio pra Rondônia, milhares de Índios foram massacrados estuprados e mortos (VIVA *AJURICABA!), mas e daí o que importa é o crescimento do país. Eu denomino esse novo ciclo de "garimpo" (de novo!!), onde os donos das lojas de materiais de construção e cimento são os dragueiros ( gaúchos , goianos , paulistas e outros) os "sabe tudo" , e os peões dos garimpos claro! os bêra os ribeirinhos. As Usinas, nova Odisséia na amazônia (lembram da história da Madeira -Mamoré). É! mas um ciclo de destruição já está ocorrendo e kd a sustentabilidade?
E os bêra, continuam sendo chamados de preguiçosos e burros, porque vivem na riqueza e continuam pobres. Suas terras foram arrochadas, suas florestas viraram pastos, plantações de sojas e outras monoculturas. ..grito de protesto "Porto Velho Caos."
Meus pais e avós não precisavam desmatar e fazer pastos para colocar gado pra comer, pois tinhamos proteína animal no nosso quintal (paca, tatú e cutia sim), peixe nem precisa falar.

Desenvolvimento sustentável é qualidade de vida pra todos.

Aldimar Dinho Reis - beradeiro e biólogo
Prof° SEDUC e menbro da ONG Rio Terra
Músico da Banda Malcriados.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

luto - OS BONS MORREM CEDO

...é pessoal a vida é a morte... Darwin disse "estamos todos interligados"...mais um irmão foi fazer parte do sistema da vida, morrer para gerar mais vida orgânica...Jesus, Deus, Jah, Alá...sei lá...a alma é eterna...Jeferson, Mário...VIVA A REVOLUÇÃO...VIVA EU VIVA TÚ VIVA O RABO DO TATU...

d.rEIS

segunda-feira, 16 de junho de 2008

ENTRETENIMENTO

Chuck Berry no Brasil

Um dos maiores nomes de todos os tempos do rock ‘n roll, Chuck Berry no Brasil para shows no Rio de Janeiro , São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
Considerado um dos fundadores do rock, o músico de 81 anos vai apresentar seus maiores sucessos como ”Roll Over Beethoven”, “Sweet Little Sixteen”, “Johnny B. Goode” e “Memphis”.
O último disco de inéditas de Chuck Berry foi lançado nos anos 80, mas ele constantemente entra em turnê. Ele esteve no Brasil em 1993, no extinto festival Free Jazz.

sábado, 14 de junho de 2008

ENTRETENIMENTO/CULTURA AMAZÔNIA/RO

LUTO
ROCKRONDONIA, MESMO! NO CANDEIAS DO JAMARI
CLICK NA IMAGEM PARA VISUALIZAR O CARTAZ
AQUI JAZZ , MARÍO 3D OU MARIO KBÇ PARA A MOÇADA DO SK8, DEU NOME A BANDA BICHU DU LODO...FALOU IRMÃO...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Relatório sobre usinas do rio Madeira recomenda que governo anule licença e leilão do projeto-CIMI

A Relatoria Nacional para o Direito Humano ao Meio Ambiente, da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais recomenda que o Governo Federal anule a licença prévia concedida para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. O relatório preliminar, que também recomenda a anulação do leilão para construção da usina Santo Antônio, foi apresentado dia, 23 de abril, a diversos órgãos do governo em Brasília.
O documento aponta algumas ilegalidades e desrespeito aos direitos humanos fundamentais ocorridos durante o licenciamento das usinas. Dentre estes, a exclusão da bacia do Madeira dos estudos sobre impactos ambientais. Com isso, não foram avaliados os impactos que a obra pode causar a outros estados brasileiros e ao território boliviano.
O relatório também destaca que não foram feitas análises sobre alternativas de produção energética de menor impacto. Além disso, o direito à saúde foi desrespeitado, por conta do risco de contaminação de mercúrio e de proliferação de malária que podem aumentar com o empreendimento.
Povos isolados ameaçados
A violação dos direitos indígenas foi uma das questões destacadas pela Relatoria. O documento preliminar lembra que os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) da obra apontam para o possível aumento de conflitos e invasões em territórios indígenas. Segundo o EIA, 1089 indígenas de sete terras serão afetados. Uma das críticas lembradas no relatório é que a análise apenas diagnosticou a situação das terras, mas não aprofundou a discussão dos impactos. Além disso, o EIA não considerou a situação dos povos sem contato que podem ser afetados. Devem viver na área atingida pela obra 3 ou 4 grupos sem contato.
Ontem, durante a apresentação do relatório preliminar, a Diretora de Assuntos Fundiários da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Auxiliadora, disse que a Fundação está articulando frentes de identificação desses povos, pois o órgão considera possível a presença deles na região.
Também foi lembrado que ainda no processo de licenciamento, o direito dos povos indígenas à consulta prévia bem informada foi desrespeitado. A Convenção n.169 da Organização Internacional do Trabalho recomenda a forma de consultar os povos, que não foi obedecida.
Para preparar o documento preliminar, a Relatoria esteve em Rondônia entre 15 e 19 de novembro de 2007. Neste período, a relatora Marijane Lisboa se reuniu com ribeirinhos que podem ser afetados pela obra, com organizações indigenistas, com comunidades afetadas por outras hidrelétricas construídas na região e com órgãos públicos estaduais, federais e municipais. Ela também se encontrou com uma delegação de camponeses e indígenas bolivianos que temem os danos que as futuras represas podem levar às suas terras.
Representantes do Ministério de Minas e Energia, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente também se reuniram com a relatora. Eles se comprometeram a enviar considerações sobre as recomendações propostas. A partir deste retorno, a Relatoria deve concluir o relatório final.

Brasília, abril de 2008.
Cimi - Conselho Indigenista Missionário

sábado, 29 de março de 2008

O BRASILEIRO - Arnaldo Jabor

...Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.
Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema.Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
-Brasileiro é um povo
trabalhador. Mentira.Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar,fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
Brasileiro é um povo honesto. Mentira. - Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. - Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas,quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
90%de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nasfavelas.
O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num
país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, bagunça. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes,arquiduques e senhores feudais (ministros,senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso? Pense !O famoso jeitinho brasileiro.Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um "gato" puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto...malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa... O Brasil é o país do futuro.Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não
vou nem comentar...O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de
malandro, gosta de apanhar.
Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse texto, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

FAÇA A SUA PARTE PROTESTE!
Imagens - http://www.consciencia.net/









sexta-feira, 21 de março de 2008

Ambientalistas pedem ferrovia em vez de rodovia na Amazônia

A reconstrução da BR-319 (Manaus-Porto Velho) pode provocar o desmatamento de mais de cinco milhões de hectares de floresta na Amazônia até 2050. O alerta foi feito nesta quarta-feira por ambientalistas, durante o seminário "Ferrovia X BR-319: um debate necessário e urgente para o Amazonas", realizado por ONGs, com o apoio do governo do Estado do Amazonas, em Manaus. É o que mostra o jornal 'O Globo' nesta quinta-feira.
Ambientalistas são contrários à reconstrução da BR-319, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e defendem a construção de uma ferrovia entre duas cidades amazonenses: Careiro Castanho (a 80 quilômetros de Manaus) e Humaitá (a cem quilômetros de Porto Velho). Segundo o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, a ferrovia conteria em 80% o desmatamento previsto para a reconstrução da BR-319.
O representante da ONG Preserve a Amazônia, Marcos Mariani, disse que a entidade começou um movimento a favor de ferrovias na região: "Vá de Trem! Preserve a Amazônia". A ONG estuda a possibilidade de pedir, na Justiça, a paralisação das obras, como será feito na BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).
Mariani ressaltou que estudos e estatísticas sobre o desmatamento apontam que mais de 80% da área desmatada na Amazônia, que abrange os estados de Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Acre e Mato Grosso, estão a até 50 km das rodovias.
Para ele, as estradas favorecem o desmatamento, e os estudos ambientais para licenciamento de rodovias não atendem à legislação brasileira.
- Há pressão política por parte de empreiteiras que atuam nessas obras - afirmou Mariani.
www.vembrasil.net

quinta-feira, 20 de março de 2008

III CONFRÊNCIA DO MEIO AMBIENTE RONDÔNIA

MOÇÃO CONTRA O LICENCIAMENTO DAS USINAS DO MADEIRA É APROVADO DURANTE A III CONFERÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DE RONDÔNIA.

Mudanças Climáticas, esse foi o tema escolhido para os debates durante a III Conferência Estadual do Meio Ambiente, que ocorreu entre os dias 14 e 16 de março, na Faculdade São Lucas, em Porto Velho. A conferência estadual serviu para ampliar as discussões entre representantes das 47 cidades do estado que realizaram suas conferências municipais. Na Estadual, foram encaminhadas propostas para a construção de um plano nacional de enfrentamento das mudanças climáticas.
Um dos destaques foi a moção redigida e encaminhada à plenária pelo Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia – RIOTERRA, contra o processo de licenciamento das usinas do rio Madeira (VER DOCUMENTO NA INTEGRA). Entidades do Território Madeira Mamoré (Guajará Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapuã do oeste), apoiaram a moção que após muita controvérsia e discussão, foi aprovada e será encaminhada para a conferência nacional.
Segundo a coordenação, o evento contou com 350 conferencistas, sendo que, 200 destes eram delegados municipais. Até hoje, esta foi a maior Conferência Estadual do Meio Ambiente em termos de participação, pois contou com representantes de 90% dos municípios do estado. “Rondônia é contra o desmatamento! Apesar das dificuldades, o IBAMA está cumprindo sua missão”, disse Osvaldo Pitalluga, Superintendente Estadual do IBAMA em Rondônia.
Foram eleitos trinta delegados igualmente divididos entre sociedade civil organizada e órgãos governamentais, para representarem Rondônia na conferência nacional, que será realizada entre os dias 8 e 11 de maio, em Brasília.
A realização do evento foi feita pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, Superintendência do IBAMA em Rondônia, Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia – RIOTERRA e Faculdade São Lucas.

http://www.tmm.org.br
ONG RIOTERRA

quinta-feira, 13 de março de 2008

III CONFERÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - RONDÔNIA

O Ministério do Meio Ambiente – MMA, mobiliza o País para a realização da III Conferência Nacional do Meio Ambiente – CNMA, cujo tema escolhido - as mudanças climáticas – representa uma das maiores preocupações ambientais do planeta. Ao promover a III CNMA, o Ministério do Meio Ambiente – MMA espera contribuir para esta discussão, disseminando o conhecimento técnico-científico e político relativo ao tema, identificando soluções para sua mitigação e adaptação. Os objetivos estabelecidos para a Conferência são: contribuir para a construção da Política e do Plano Nacional de Enfrentamento das Mudanças Climáticas, analisar e definir a institucionalização e periodicidade da Conferência Nacional do Meio Ambiente. O tema escolhido para a III CNMA será discutido a partir de um texto-base constituído pelos seguintes eixos temáticos: Mitigação das Mudanças Climáticas,Adaptação aos Efeitos das Mudanças Climáticas, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Educação Ambiental e Cidadania. Como a CNMA é considerada um dos principais fóruns de participação da sociedade nas decisões políticas do Ministério, as conferências realizadas nos estados e respectivos municípios tornam-se essenciais para o processo de construção da Conferência Nacional.
Dentro deste escopo, está sendo organizada a III Conferência Estadual de Rondônia – III CEMA, sob a coordenação do IBAMA, contando com a parceria de diversas instituições governamentais e não governamentais. O processo de realização da III CEMA é de responsabilidade da Comissão Organizadora Estadual – COE, instituída pela Portaria Nº 09 de 21 de fevereiro de 2008 do IBAMA. As Conferências Municipais, que são uma prévia para a Estadual, foram realizadas no período de 2007 e 2008, quando foram eleitos os delegados que representarão os municípios na Conferência Estadual. Segundo Júlio Carvalho, Coordenador da Conferência Estadual - lamentamos que a SEDAM, mais uma vez tenha ficado de fora deste processo tão importante para o Estado de Rondônia; e acrescenta ainda que o único Estado em que a Conferencia Estadual do Meio Ambiente não é coordenada pelo órgão estadual, é a de Rondônia.
A III Conferência Estadual será realizada no período de 14 a 16 de março deste ano, na Faculdade São Lucas; a Nacional acontecerá no período de 07 a 11 de maio de 2008 em Brasília. A oportuna discussão oferecida pela III Conferência cria o espaço para identificação de soluções e propostas de mudança nos hábitos e cultura regionais, como por exemplo, o nefasto hábito das queimadas que tanto contribuem para o aquecimento global e comprometimento da saúde em nosso Estado. A participação efetiva dos governos municipais, empresários e sociedade civil no processo de realização da III Conferência Estadual do Meio Ambiente, torna-os co-responsáveis na construção de um Estado saudável para a Amazônia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

FIDEL CASTRO

(1926-....): Nome completo Fidel Alejandro Castro Ruz. Advogado. Em 26 de julho de 1953 liderou um grupo de 120 no assalto ao quartel Moncada em Santiago de Cuba. O assalto fracassou e vários revolucionários foram presos ou mortos. Fidel foi preso e no curso do processo apresentou a sua própria defesa, o célebre texto "A História Me Absolverá". Foi condenado a 15 anos de prisão, mas tendo cumprido 32 meses da pena foi beneficiado com uma anistia e partiu para o exílio no México aonde veio a conhecer Che Guevara. Retornou a Cuba comandando uma tropa de 81 revolucionários que a bordo do iate Granma invadem Cuba no dia 2 de dezembro de 1956. As forças do ditador Fulgêncio Batista quase aniquilam com todos na localidade de Alegría de Pío. Os sobreviventes refugiam-se na Sierra Maestra aonde dão início à guerra de guerrilhas contra a ditadura cubana. Após 2 anos de luta a revolução é vitoriosa e os guerrilheiros, tendo à frente Fidel e Guevara, entram vitoriosos na capital Havana, no dia 8 de janeiro de 1959. Em 16 de fevereiro do mesmo ano Fidel assumiu o cargo de Primeiro Ministro e em abril de 1961 declarou o caráter socialista da Revolução Cubana.





...SE VC AINDA NÃO DERRAMOU SUA COCA-COLA NO CHÃO AINDA DÁ TEMPO....HEHEHEHEHEHE.
VIVA A REVOLUÇÃO!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

FALAR É BOM!!!!


POR QUE NÃO TE CALAS?
A Amazônia está sendo devastada Produzimos lixo a toda hora A violência toma conta do país A educação vai de mal a pior A saúde está na UTI A água está se esgotando Político, politíca Deus pode mudar de endereço...- Por que não te calas?-Se eu me calar, quem poderá me ouvir?
Valter Fernandes da Silva
Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2008Código do texto: T805785

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

MEIO AMBIENTE


Publicada em 06/12/2007 às 16h26m - PRA NÃO ESQUECER!
A organização não-governamental Amigos da Terra - Amazônia Brasileira pediu na Justiça a suspensão do leilão de licitação da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, marcado para a próxima segunda-feira.A entidade alega que a Licença Prévia (LP), emitida pelo Ibama em julho, é "ilegal" porque teria desconsiderado as recomendações do corpo técnico do próprio órgão ambiental pela não concessão da licença.
O corpo técnico do Ibama emitiu um parecer em março deste ano, em que negava a concessão da LP alegando falhas nos estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) realizados pelo consórcio Furnas/Odebrecht e pedindo a realização de novos estudos. No entanto, o Ibama teve a sua diretoria trocada um mês depois e parte das suas funções transferidas para o então recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade."A nova diretoria do Ibama - substitutiva daquela que, previamente, não havia concedido a licença - foi responsável, de acordo com os proponentes, por um ato viciado de ilegalide e improbidade administrativa", diz o comunicado à imprensa. A licença foi emitida em julho, mas sem a divulgação da justificativa que, segundo os ambientalistas, comprova que a nova diretoria ignorou as recomendações dos seus técnicos.Para a ONG, a justificativa foi publicada quatro meses após a licença, sem citar o parecer dos técnicos do Ibama, de forma deliberada para não atrapalhar o leilão.Até o momento, a diretoria do Ibama não se pronunciou sobre a ação movida pela ONG Amigos da Terra.
Segundo Gustavo Pimentel, da Amigos da Terra, a ONG não entrou na Justiça antes para contestar o leilão porque, embora suspeitasse, não dispunha de "provas" até novembro de que as recomendações não haviam sido seguidas. Antes da emissão da licença, o Ibama pediu estudos complementares, mas, na visão da ONG, foram "apenas alguns estudos parciais para consultores externos, principalmente do Ministério de Minas e Energia".Juntamente com a licença, o Ibama emitiu 33 condicionantes que previam medidas mitigadoras para os impactos ambientais e sociais do empreendimento.A entidade também argumenta na Ação Civil Pública, apresentada nesta quarta-feira em Brasília, que houve uma "explosão de desmatamento" na área onde serão construídas as usinas desde a concessão da LP. Segundo dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento em determinadas regiões de Rondônia aumentou 600% em setembro deste ano em relação ao mesmo mês de 2006. Questionado sobre o aumento, o secretário do Meio Ambiente de Rondônia, Augustinho Pastore, diz que deveria ser considerado o desmatamento ao longo do ano e não de um mês específico."Os mesmos dados do Inpe provam que diminuímos 37,86% de janeiro a outubro", afirma Pastore. "Esse dado é mentiroso, você não pode considerar o índice de um mês." Mas Gustavo Pimentel diz que a derrubada de florestas vem aumentando desde julho, mês em que saiu a LP, e diz não ter dúvida da ligação entre o desmatamento e a liberação do empreendimento de Santo Antônio.
O consórcio Furnas/Odebrecht diz que contratou especialistas renomados do país e do exterior para realizar os estudos de impacto ambiental e alega que nunca um rio foi tão estudado para um empreendimento. O consórcio também admite que outros estudos serão necessários para a concessão da Licença de Instalação (LI), mas afirma que os que já existem são suficientes para a licença prévia.
A Amigos da Terra é uma das entidades mais críticas às hidrelétricas do Rio Madeira, obra que o governo federal diz ser fundamental para suprir a demanda energética do país a partir de 2012. A entidade lançou recentemente uma campanha junto aos potenciais investidores para tentar convencê-los de que os impactos ambientais haviam sido mal avaliados e poderiam ser converter em riscos financeiros no futuro.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também mantém a resistência contra as usinas e promete uma ação de impacto no dia da licitação.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

sábado, 9 de fevereiro de 2008

CONTRACULTURA

Os 10 mais lendários casamentos entre música e política
Como veículo legítimo e livre de amarras, a música é plataforma para os mais diversos impulsos humanos, entre eles, a indignação, a idéia de mudar o mundo ou o simples apoio a determinada causa; a seguir, reunimos um apanhado com dez exemplos sônicos de politização.
Caio Martins - Se o Pearl Jam fará diferença no desenrolar das primárias democráticas, não importa muito. Fato é que diversos músicos, assim como os roqueiros de Seattle, não fogem da raia quando o assunto é política. O objetivo, mais do que causar comoção nacional, é sentir que não se pode ficar alheio ao que se passa. Afinal, o papel do artista é retratar poeticamente seu tempo. É claro que os músicos pop também são conscientes da massa de seguidores que os persegue. Logo, fiéis levantam o ibope das canções e o conteúdo atinge maior ressonância. Por isso, personalidades, segurem o tcham: todo cuidado é pouco com a imagem pública se por acaso vocês estiverem sob o julgo de rock stars. Abaixo, listamos dez canções e episódios em que música e política se fundiram.
1. "Hang the Pope", Nuclear Assault - Jéééésus! Essa banda nova-iorquina de thrash metal fazia questão de jogar o bom senso pela janela. De maneira bem-humorada - isto é, depende do quão longe vai seu gosto por humor negro - o Nuclear Assault foi uma das poucas bandas de hardcore/crossover que balanceava seu criticismo social (por vezes manjado) com manifestações grotescas de grindcore. Um desses espasmos é "Hang the Pope". Mais do que um hino anti-clerical, a canção é a imagem de jovens ateus divertindo-se com os clichês satânicos do estilo, condenando o Papa João Paulo II à mesma morte experimentada por tantos outros durante a Inquisição, há 300 anos. "Let`s go to the Vatican/Gat him out of bed/Put the rope around his neck And hang him ‘til he's fucking dead".
2. "California Über Alles", Dead Kennedys - George W. Bush não é o primeiro republicano a misturar política com fundamentalismo religioso. Pelo menos é isso que Jello Biafra, frontman dos Dead Kennedys, dá a entender em "California Über Alles". A canção também é recado direto a um político - neste caso o então governador da Califórnia, o ultra-conservador Jerry Brown. Nela, acusa-o de querer abusar de sua megalomania para se tornar um mix de Aiatolá com Hitler. "Um dia eu serei Führer/Vou comandar todos vocês/Suas crianças vão meditar na escola". Um ano depois, os DKs fariam uma ótima paródia de sua própria música, "We've Got a Bigger Problem Now". Além de transformarem a versão original em cool jazz, Biafra atualizou as letras e mandou pau no caubói/galã de cinema/presidente neoliberal Ronald Reagan. Ao invés de antever campos de concentração, Jello, mais astuto, citou os campos de morte que a política externa americana havia criado pelo mundo afora: "Morra em nossos novos gases tóxicos/El Salvador ou Afeganistão/Fazendo caixa para o presidente Reagan".
3. "Washington Bullets", The Clash- As referências políticas aqui são tantas que, para o ouvinte, fica a sensação de que Joe Strummer leu e releu o versículo "Guerra Fria" na Barsa. Em suas primeiras estrofes, "Washington Bullets" oferece muitas homenagens a Fidel Castro ("Castro is a color that is redder than red/Those Washington bullets want Castro dead") e Salvador Allende, além da celebração da Revolução Sandinista na Nicarágua - conteúdos alinhados com a estética militar da banda, algo que os envolvia na ética panfletária e demagoga do realismo socialista. Para sorte da inteligência, The Clash (no destaque) mostrou que não era de fazer propaganda para ninguém não: de forma articulada, citou as atrocidades cometidas pelos soviéticos ("And if you can find a afghan rebel that the Moscow bullets missed/Ask him what he thinks of vote communist") e chineses ("Ask Dalai Lama in the hills of Tibet/How many monks did the chinese get?"), pintando um quadro fiel às maquinações que mancharam com sangue as ideologias de ambos os blocos. Visão plena de punks que alcançaram maturidade.
4. "No W", Ministry- Primeira faixa do álbum inteiro dedicado a George W. Bush Houses of The Molé, "No W" abre um set de nove músicas, sendo que todas as restantes, além de se referir direta ou indiretamente ao Lorde da Guerra, começam com a letra W. (Alerta aos desavisados: na Terra do Sam, para diferenciá-lo de seu papai, o atual presidente yankee é chamado por alguns apenas de "W"). O refrão poderoso de Carmina Burana, sujado por densa mixagem, é executado sobre samplers de discursos de W. Bush desfiando seus conceitos abstratos sobre "terrorismo" e "eixo do mal". A seguir, vocalista/berrador Al Jourgensen dá o tom com frases impagáveis como "Half the world is on the toilet and half on its way", ou "Ask me why you feel deceived and stripped of all your liberties/It doesn't take a genius to explain that today". R.E.M., Bruce Springsteen e Green Day se gabam de suas vagas (e lucrativas) críticas aos EUA pós-11 de setembro, mas só a máquina desumanizada do Ministry fez algo contundente a respeito.
5. "Let`s Start a War... Said Maggie One Day", The Exploited- O que seria do Exploited se não fosse pela Margaret Thatcher? A Dama de Ferro do Reino Unido, primeira-ministra do país por 11 anos (1979-1990), pôs seu nome nos anais da história pelas agressivas reformas neoliberais na Inglaterra - o que jogou as taxas de desemprego lá pra cima, no alvorecer dos anos 80. Em pleno auge do clima escapista da Synth Pop, os punks do Exploited gastavam menos tempo em imitar os maneirismos de David Bowie e menos dinheiro com sintetizadores, preocupados que eram em malhar incansavelmente a "Maggie", como chamavam a governanta. O apelido, inclusive, foi usado no título do segundo álbum: Let`s Start a War... Said Maggie One Day, de 1982 (foto menor) - mesmo ano em que Thatcher guerreou com nossos hermanos argentinos pelas Ilhas Malvinas. Engraçado notar que, tão logo a crise econômica foi domada no Reino Unido, o Exploited virou peça de museu.
6. Roqueiro = político- Há quem canse de brandir a guitarra e parta direto para o peito-a-peito. Frank Zappa, por exemplo, concorreu para as primárias do Partido Libertário dos Estados Unidos, nanico eleitoral daquele país, em 1988. Zappa já tinha presença política atuante nos anos 80. Na turnê do mesmo ano, o maestro fazia campanha junto a seu público, incitando-os a simplesmente participar do pleito eleitoral. Gesto louvável, considerando que voto não é obrigatório nos EUA, o que ocasiona altos índices de abstenção em eleições presidenciais.
7. Roqueiro = político, parte 2- Antes mesmo de estrear pelo Dead Kennedys com o clássico Fresh Fruit For Rotting Vegetables, Jello Biafra se candidatou a prefeito de San Francisco, em 1979. Até que não foi tão desastroso: recebeu pouco mais de 6,5 mil votos, cravando a quarta posição nas eleições. Entre outras propostas, sua plataforma eleitoral incluía banir o uso de carros como meio de transporte e obrigar todos os executivos da cidade a se vestirem como palhaços. Jello contou até com carreatas: seus simpatizantes mostravam, em faixas e placas, dizeres como "Se ele não for eleito, eu me mato" e "E se ele ganhar?!". Para quem pensa que Biafra encara política como brincadeira, porém, deve saber primeiro que, na discografia de sua carreira pós-Dead Kennedys, figuram oito LPs sem qualquer música, contendo apenas discursos políticos (!) que veiculam algumas das idéias e opiniões do garoto-crânio do punk.
8. "God Save The Queen", The Sex Pistols- O que caracteriza a trajetória dos Sex Pistols é a dicotomia que os cerca: a provocação que veiculava a crítica ácida era inegável. Sob a batuta do empresário Malcolm McLaren, contudo, o grupo passava a impressão de que tava afim mesmo de escândalos e controvérsias - comida favorita dos tablóides britânicos. Ou seja: puro e fino marketing. "God Save The Queen" é ótimo exemplo: seu título original é "No Future". De acordo com o vocalista Johnny Rotten, a idéia era ridicularizar o culto à pompa da realeza e o espaço que ela ocupava no cotidiano da vida britânica, em tempos de vacas magras. McLaren, muito vivo, resolveu alterar o nome da música e lançá-la como single. A data? O jubileu de prata da Rainha Elizabeth, durante o qual a banda divulgou o hit de um barco no rio Thames. Logo após, foram detidos pela polícia, arranjaram briga com o país inteiro e o single disparou para o topo do UK Chart. Isso sim é cinismo.
9. "Fernandinho Veadinho", Garotos Podres- Depois das massivas manifestações das Diretas Já, em 1984, o último momento em que o povo brasileiro sentiu que poderia fazer a diferença na política do país foi o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992. Claro que o movimento das caras-pintadas, mais do que fator determinante, foi a apoteose de um processo irreversível. Mas quem participou daquele panelaço teve revigorante sentimento de poder nas mãos. Falou de protesto, falou de corrupção... falou de Garotos Podres. Se para eles foi fácil corroer a figura do Papai Noel, mais fácil ainda foi detonar o homem que hoje, quem diria, está de volta ao congresso nacional como deputado. Não faltam menções ao seu "aquilo roxo", ao famoso jet-ski, à "biita" primeira dama ("Elle se diz um cidadão respeitável/Até se casou com uma boneca inflável") ou sua formação marcial em karatê. Para completar, o vocalista Mao tira o seu da reta: "Esta é uma história fictícia. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Espero que ninguém vista a carapuça". "Elle" é cruel...
10. "Luís Inácio (300 picaretas)", Paralamas do Sucesso- Essa música do Paralamas, gravada em 2000, ainda pagava homenagem a Lula como a maior esperança da "esquerda" brasileira. Derrotado em três ocasiões consecutivas (1989, 1994 e 1998), as expectativas a respeito do governo petista eram altas. Seis anos se passaram depois de Lula assumir a presidência e os Paralamas ainda não escreveram nenhuma música sobre o mensalão, as mortes dos prefeitos de Santo André e Campinas, as dezenas de ministérios inúteis criados, as políticas de cotas, os cartões de crédito... Alguém Alguém avisa o trio que os picaretas são muito mais que 300. http://msn.skolbeats.com.br/beatsbox/noticias/1188
....e O "ROCK em RONDÔNIA"...Não´poderemos esquecer das bandas politizadas DHC, Malcriados, Vítimas do Sistema, Diarréia Krônica, Ovelhas Negras, que sempre colocaram e colocam suas opiniões políticas em seus sons, a música "Porto Velho kaos" é um exemplo, quem já ouviu e já viu um som dessa rapaziada sabe disso! VIVA A REVOLUÇÃO BERADEIRA!!!!
malcriados_pvh@hotmail.com
Editado por DREIS.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"...PARA QUEM PRECISA..."

Ratosuniformizadosseuscérebrossãoosrádioseseuspensamentosasordensvindadelesseusolhostapadosporlustrososcapacetescriadospelogovernoparaprotegeropovoouparaprotegelosdopovo.
Luciano anônimo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

NOTÍCIAS AMBIENTAIS - Grileiros já invadem sul do Amazonas

VAMOS SE LIGAR NA MISSÃO PARENTADA!
- O avanço do desmatamento, estimulado pela especulação imobiliária e pela perspectiva de ganhos ligados à expansão da fronteira agropecuária (principalmente com a soja), já chega em novas frentes. O sul do Amazonas está em alerta máximo. Crimes ambientais, invasão e especulação de terras públicas no sul do Amazonas foram denunciados nesta semana (10/09) , pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). De acordo com o órgão, uma área de mais de 4,2 milhões hectares de terra às margens da Transamazônica (BR-330) - somente nos municípios de Camutana, Huimaitá e Manicoré - estão sendo invadidas com apoio de deputados e prefeitos dos estados de Rondônia e Mato Grosso, gerando um clima de violência e marginalidade."O Amazonas está passando por um momento extremamente delicado, o cenário é comparado aos pontos de cocaína nos morros cariocas. No meio da floresta, temos uma área extensa acobertando crimes e a ilegalidade", alertou o superintendente regional do INCRA, João Pedro da Costa (foto).O INCRA constatou a venda ilegal de terras públicas nos municípios de Canutama, Manicoré, Lábrea e Humaitá, durante expedição de dez funcionários do órgão, que em 40 dias - 12 de julho a 20 de agosto - percorreram 850 quilômetros de cerrado e floresta, acompanhados por dois policiais federais. Todo trajeto foi monitorada pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que acompanhou o deslocamento da equipe.Na área de floresta - municípios de Manicoré, Lábrea, Camutama e Humaitá -, os funcionários constataram o desmatamento da mata para demarcação ilegal de terras públicas. Os técnicos estimam que 300 pessoas façam parte do esquema que tem como objetivo a especulação imobiliária. "Áreas de 40, 50 mil hectares são invadidas e depois divididas em lotes em nome de laranjas", explica a técnica de cartografia Soraya Braga.Ela afirma que as áreas são vendidas por preços "altíssimos" sem recibos ou qualquer outro comprovante. "Não há respeito contra a terra pública, eles invadem tudo, demarcam e colocam um capataz armado para tomar conta da área", afirma.A violência é uma característica da grilagem de terras no sul do Estado. Durante a expedição do INCRA, em Humaitá, a PF prendeu um suboficial do Exército, que não teve o nome revelado, portando duas armas (uma escopeta e uma sub-metralhadora), além de recibos totalizando quase R$ 3 milhões relativos a venda de 200 mil hectares de terra."O homem foi preso e enquanto eu acompanhava o processo permaneceu na delegacia de Humaitá, mas depois foi liberado por motivos que desconheço", diz o procurador do INCRA, Carlos Alberto Salles.O laudo do INCRA constatou que a área de cerrado é ocupada por agricultores que vem do Sul e fazem grandes investimentos, comprando equipamentos, construindo armazéns e casas para produção de soja, milho e arroz. Um grupo de duas dezenas de produtores ocuparam as terras pertencentes aos municípios de Camutama, Humaitá e Manicoré.O decreto 1.164 estabelece que 100 quilômetros das margens das rodovias federais são responsabilidade do INCRA, portanto 85% das terras invadidas são federais. Os outros 15% pertencem ao Estado.
(Patrícia Almeida) Link padrão http://www.amazonasemtempo.com.br/
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

CONTRACULTURA

Zine ou Fanzine, o que são? qual a diferença?
Zines são publicação alternativas e independentes feitas geralmente em folha de papel A4. Se utilizam de colagens, desenhos feitos à mão e de muita criatividade para criar o formato desejado; é comum possuírem uma aparência poluída. No início tratava de assuntos como ficção científica e na década de 70 falava de bandas do cenário punk, depois evoluíram para assuntos como política, literatura, sexo, quadrinhos, poesias, feminismo, jornalismo investigativo, e o que mais puder ser expresso em uma folha de papel. Aliás, essa liberdade de escolha de temas e a forma como os mesmos são tratados é uma das várias características que diferem um zine de uma publicação normal. São distribuídos gratuitamente e no máximo é pedida uma contribuição voluntária para ajudar nas cópias do original.

Os termos fanzine e zine atualmente são utilizados sem haver uma definição da diferença entre eles. Mas pelo que observei a palavra fanzine parece ter evoluído para Zine devido as novas características assumidas por esse tipo de publicação. Inicialmente os fanzines eram publicações de fãs de ficção científica para fãs de ficção, posteriormente na década de 70 foi a vez dos fãs de bandas punk criarem os seus fanzines falando da cena punk e de bandas. Mais o zine continuou evoluindo em conteúdo e os temas começaram a mudar, passando a tratar não somente de bandas ou ficção, mas a funcionar como um verdadeiro jornal alternativo, com opiniões, artigos, poesias, desenhos, enfim, começou a publicar assuntos que não se encontravam na mídia de massa. Esse fato me leva a crer que a utilização da palavra zine no lugar de fanzine caracteriza melhor as publicações que não são feitas por fãs para fãs. Além da dúvida de chamar zine ou fanzine, também existe uma relacionada a publicações alternativas em formato de revista. Um dos motivos para essa dúvida na classificação de zine ou revista é o fato de que revistas alternativas têm muito mais páginas que alguns zines juntos e não é comum encontrar zines com muitas páginas, devido ao custo para a reprodução.
A primeira publicação nesse estilo que se tem conhecimento foi lançado em 1930, chamava-se The Comet e foi escrito por um aficionado em ficção científica, chamado Ray Palmer para o Science Correspondent Club, uma publicação em que fãs de ficção científica trocavam informações sobre seus filmes preferidos. Nessa época o termo utilizado para denominar o The Comet era Fanmag (revista para fãs).
Em 1941, o americano Louis Russel Chauvenet teve a idéia de chamar essas publicações de Fanzine, juntando as palavras fan e magazine. Nessa época usava-se o mimeógrafo, um aparelho que fazia cópias de páginas escritas sobre um papel especial, o estêncil. Ainda na década de 30, foi criado algo que mudaria para sempre a história dos fanzines: A xerox, inventada por Chester Carlson
Até os anos setenta os fanzines se restringiam a fãs de ficção científica, quando foram retomados pelos adeptos do movimento Punk. Uma curiosidade é que o movimento foi batizado com o nome de um fanzine. Empolgados com a cena musical em Nova York, dois amigos, o desenhista John Holmstron e o escritor Legs Mcneil resolveram criar um fanzine que falava única e exclusivamente das novas bandas que estavam surgindo. O Zine foi inicialmente chamado Teenage News, nome de uma música da banda New York Dolls, mas McNeil teve a idéia de utilizar a palavra Punk. Surgiu então, em 1976, a Punk Magazine. Ainda em 1976 saiu o primeiro número da Sniffin'Glue, escrita por Mark Perry, um bancário fã dos Ramones. A Sniffin'Glue conquistou um grande público e incentivou muitos de seus admiradores a começarem a publicar seus próprios fanzines. Logo, os jovens principalmente, perceberam a facilidade de montar uma publicação alternativa. Você não precisa ser jornalista ou trabalhar numa revista para isso, apenas de disposição, algum dinheiro para xerox no caso dos impressos, para pagar a hospedagem no caso da internet e um tema qualquer: música, cinema, política, poesia, etc... Você não precisa dos grandes meios de comunicação. Milhões de zines são trocados por correios por pessoas do mundo inteiro. Você pode até se utilizar em algum momento da mídia de massa para divulgar seu zine, mas acredite, ela é dispensável.
É isso, pegue suas idéias, as coloque num pedaço de papel, enfeite as páginas para dar a aparência que desejas e pronto, nasce mais um Zine!
Luciano Dantas

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Eu protesto! Artistas realizam Manifesto Cultural em defesa do Rio madeira

14/12/2007 - 11:45
13 de Dezembro de 2007, cinco dias após a realização do leilão da usina de Santo Antonio, a sociedade se manifesta novamente. Um grupo de músicos, artistas, poetas e ambientalistas se reuniram hoje (13/12) por volta das 16 horas na cachoeira de Santo Antonio para a realização de Manifesto Cultural. “Anárquico Rio Madeira” foi o nome dado ao ato de protesto que convocou a sociedade para assistir a apresentação das bandas “Malcriados”, “Bicho du Lodo” e “Somzala". Diante de um forte sol e paisagem inestimável, os músicos foram se revezando no palco improvisado, voltados para o rio Madeira.
Durante a passagem de som e apresentação dos primeiros artistas, um grupo de operários da Camargo Correa que estavam fazendo trabalho de sondagem na ilha à nossa frente, se aproximou e alguns até pediram música. Chamou atenção deste jornal o fato de a maioria dos trabalhadores serem de Minas Gerais. Segundo Vagner, 35, Sondador de Belo Horizonte, os operários são de Minas e prestadores de serviço da Camargo Correia para fazer o estudo de geotecnia e localizar os túneis e casas de força, ou seja, locais onde devem ser instaladas as turbinas, peça bem pesada, na opinião de Vagner. Ainda segundo o operário, esse é o ultimo dia de trabalho, pois com a derrota da empresa na licitação das usinas, não tem mais sentido continuar. “Estamos por aqui desde o mês de setembro”. Quando perguntado se o mesmo sabia o que significava aquele momento, emendou dizendo que não sabia de nada.
Enquanto uns assistiam as apresentações outros contemplavam a natureza e passeavam por sobre as pedras. Giselda, estudante universitária de porto Velho, jogava flores na correnteza e fazia agradecimentos à mãe D’água, por ter tido um ano muito bom na faculdade e ter superado as dificuldades do dia-a-dia. “Se acontecer a construção, não poderei mais fazer os agradecimentos”, emenda. Giselda também ressaltou sua preocupação com os problemas sociais que podem acontecer com a vinda de muitas pessoas para porto Velho, se preocupa com o congestionamento das ruas da cidade.
Serginho, 37, professor de musica e matemática lamenta muito e diz que só freqüentava a cachoeira para se divertir e pescar. “É uma pena ter vindo aqui como artista”.
A maioria dos presentes constatou que pode ter acontecido naquele momento a primeira manifestação dos artistas locais. Conforme nos informou Tino Alves, 38 anos, produtor cultural e um dos organizadores do evento: “Olhando pra isso aqui, saber que não vou mais ver isso e como artista agora que descobri esse lugar”.
Às pessoas que conversamos foi perguntado qual o sentimento que ficava diante do sumiço da paisagem, todos foram unânimes em afirma sua tristeza. “Se o mundo econômico valorizasse isso, (aponta para o por do sol) não perderíamos esse espetáculo”, afirmou Fabrício, 24 anos e membro do Coletivo Jovem Pela Sustenatabilidade.
O Leilão da Usina de Santo Antonio aconteceu dia 10 e o Consórcio Madeira Energia (Odebrecht, Furnas, Construtora Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Cemig e um fundo de investimentos formado por Banif e Santander) arrematou a usina. O leilão teve deságio de 35%.
Durante o leilão diversas entidades e sociedade se manifestaram nas ruas de Porto Velho contra a privatização do Rio.
A construção da usina de Santo Antônio deverá começar até setembro de 2008 e está previsto o termino para 2016.

Da redação com informação do www.rondoniaovivo.com
Autor: VemBrasil.net

Fonte: VemBrasil.net

Rompimento de barragem em RO destruiu 50 km de mata e assoreou rio 11/01/2008 - 21h48

da Agência Folha
A água que se deslocou após o rompimento da barragem da usina em construção de Apertadinho, no município de Vilhena (698 km de Porto Velho), destruiu 50 km de mata que margeia o rio Comemoração.
A constatação é da Secretaria de Meio Ambiente de Rondônia, que também aponta o assoreamento do rio como outro dano causado à floresta.
O acidente aconteceu na tarde de quarta. Havia risco da onda gerada pelo rompimento atingir a cidade de Pimenta Bueno (515 km da capital).
Após os primeiros estudos na região, o gerente ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Marcus Lemgruber, afirma que os danos atingiram uma área de margem de rio que varia entre 20 e 100 metros de margem.
O Ministério Público de Rondônia entrou com uma ação pedindo a interdição da obra e uma vistoria no local para apurar os motivos do rompimento. Os promotores querem que a Cebel (Centrais Elétricas Belém) --empresa proprietária da usina-- arque com os custos da perícia.
A Promotoria diz esperar que a empresa assine um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) se comprometendo a pagar pelo serviço. Se isso não acontecer, o Ministério Público deverá entrar com ação contra a Cebel exigindo o cumprimento dessa condição.
Segundo a Promotoria, durante a primeira visita feita ao local, funcionários disseram que problemas na barragem já haviam sido detectados desde o início da semana.
O vice-presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de Rondônia, Amilcar Adamy, diz que a área da usina é de terreno arenoso e facilita a erosão, mas afirma que é necessária a conclusão da perícia para determinar a causa.
O geólogo Gualter Pupo, responsável por analisar a elaboração do projeto, afirma não acreditar que o terreno arenoso tenha possibilitado a erosão. "Foram tomadas medidas para garantir a impermeabilização da estrutura e evitar que a água infiltrasse."
O consórcio Construtor Vilhena (das empresas Schahin e Empresa Industrial Técnica) afirma que aguarda a apuração das causas do rompimento. A Cebel não quis se manifestar sobre o caso. Procurada, não respondeu à reportagem.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u362686.shtml

Em Rondônia trabalhadores marcham contra a privatização do Rio Madeira

Cerca de mil integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina, entidades urbanas e da Bolívia fazem uma grande marcha pelas ruas de Porto Velho.
No dia do leilão da UHE Santo Antônio, a primeira hidrelétrica do Complexo Rio Madeira, cerca de mil integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina, entidades urbanas e da Bolívia fazem uma grande marcha pelas ruas de Porto Velho. O protesto é contra a venda da concessão do aproveitamento energético da hidrelétrica que acontece hoje na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a portas fechadas. A marcha vai seguir pela Avenida Carlos Gomes, passando pelo Palácio do Governo, e vai até a praça Jonas das Pedrosas, na Avenida 7 de setembro, centro comercial de Porto Velho, onde acontece um grande ato político. Atos como este acontecem em vários estados do país. Em Brasília, cerca de 300 integrantes da Via Campesina ocuparam a ANEEL para impedir a realização do leilão. Os manifestantes estão concentrados na Igreja Nossa Senhora das Graças, onde cerca de 100 militantes da Via Campesina fizeram um estudo sobre o modelo energético brasileiro e os impactos das grandes hidrelétricas nos últimos dois dias. Ontem, estes militantes saíram nas ruas para conversar com a população. ?O povo estava alheio ao debate da energia. Agora, estamos percebendo a adesão e a solidariedade dos trabalhadores e trabalhadoras contra a privatização dos rios? afirmou Josivaldo Oliveira, da Coordenação Nacional do MAB. Na disputa pela hidrelétrica de Santo Antônio, estão três consórcios formados por corporações transnacionais, como Votorantim, Suez Energy e Endesa. Segundo cálculos do movimento, baseado no preço da energia no mercado internacional, os donos das barragens de Santo Antônio e Jirau vão faturar em média R$ 525.000 mil por hora, com a venda da energia proveniente dessas barragens. O movimento calcula ainda que mais de 10 mil famílias sejam atingidas pelo conjunto das obras do Complexo. Para impedir que o Rio Madeira seja vendido e a Amazônia saqueada, o Movimento dos Atingidos por Barragens, em parceria com várias entidades e movimentos sociais, lança a campanha ?levante contra a venda do Rio Madeira. Em defesa das comunidades atingidas e da Amazônia?. Materiais como cartazes, folders e panfletos foram feitos para servir de subsídio no debate com a sociedade. Mais informações no site: www.mabnacional.org.br
Email:: mab@mabnacional.org.br URL:: http://www.mabnacional.org.br/noticias/101207_privatiza_riomadeira.htm
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/12/405460.shtml

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