sábado, 29 de março de 2008

O BRASILEIRO - Arnaldo Jabor

...Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.
Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema.Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
-Brasileiro é um povo
trabalhador. Mentira.Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar,fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
Brasileiro é um povo honesto. Mentira. - Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. - Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas,quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
90%de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nasfavelas.
O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num
país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, bagunça. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes,arquiduques e senhores feudais (ministros,senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso? Pense !O famoso jeitinho brasileiro.Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um "gato" puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto...malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa... O Brasil é o país do futuro.Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não
vou nem comentar...O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de
malandro, gosta de apanhar.
Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse texto, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

FAÇA A SUA PARTE PROTESTE!
Imagens - http://www.consciencia.net/









sexta-feira, 21 de março de 2008

Ambientalistas pedem ferrovia em vez de rodovia na Amazônia

A reconstrução da BR-319 (Manaus-Porto Velho) pode provocar o desmatamento de mais de cinco milhões de hectares de floresta na Amazônia até 2050. O alerta foi feito nesta quarta-feira por ambientalistas, durante o seminário "Ferrovia X BR-319: um debate necessário e urgente para o Amazonas", realizado por ONGs, com o apoio do governo do Estado do Amazonas, em Manaus. É o que mostra o jornal 'O Globo' nesta quinta-feira.
Ambientalistas são contrários à reconstrução da BR-319, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e defendem a construção de uma ferrovia entre duas cidades amazonenses: Careiro Castanho (a 80 quilômetros de Manaus) e Humaitá (a cem quilômetros de Porto Velho). Segundo o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, a ferrovia conteria em 80% o desmatamento previsto para a reconstrução da BR-319.
O representante da ONG Preserve a Amazônia, Marcos Mariani, disse que a entidade começou um movimento a favor de ferrovias na região: "Vá de Trem! Preserve a Amazônia". A ONG estuda a possibilidade de pedir, na Justiça, a paralisação das obras, como será feito na BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).
Mariani ressaltou que estudos e estatísticas sobre o desmatamento apontam que mais de 80% da área desmatada na Amazônia, que abrange os estados de Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Acre e Mato Grosso, estão a até 50 km das rodovias.
Para ele, as estradas favorecem o desmatamento, e os estudos ambientais para licenciamento de rodovias não atendem à legislação brasileira.
- Há pressão política por parte de empreiteiras que atuam nessas obras - afirmou Mariani.
www.vembrasil.net

quinta-feira, 20 de março de 2008

III CONFRÊNCIA DO MEIO AMBIENTE RONDÔNIA

MOÇÃO CONTRA O LICENCIAMENTO DAS USINAS DO MADEIRA É APROVADO DURANTE A III CONFERÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DE RONDÔNIA.

Mudanças Climáticas, esse foi o tema escolhido para os debates durante a III Conferência Estadual do Meio Ambiente, que ocorreu entre os dias 14 e 16 de março, na Faculdade São Lucas, em Porto Velho. A conferência estadual serviu para ampliar as discussões entre representantes das 47 cidades do estado que realizaram suas conferências municipais. Na Estadual, foram encaminhadas propostas para a construção de um plano nacional de enfrentamento das mudanças climáticas.
Um dos destaques foi a moção redigida e encaminhada à plenária pelo Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia – RIOTERRA, contra o processo de licenciamento das usinas do rio Madeira (VER DOCUMENTO NA INTEGRA). Entidades do Território Madeira Mamoré (Guajará Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapuã do oeste), apoiaram a moção que após muita controvérsia e discussão, foi aprovada e será encaminhada para a conferência nacional.
Segundo a coordenação, o evento contou com 350 conferencistas, sendo que, 200 destes eram delegados municipais. Até hoje, esta foi a maior Conferência Estadual do Meio Ambiente em termos de participação, pois contou com representantes de 90% dos municípios do estado. “Rondônia é contra o desmatamento! Apesar das dificuldades, o IBAMA está cumprindo sua missão”, disse Osvaldo Pitalluga, Superintendente Estadual do IBAMA em Rondônia.
Foram eleitos trinta delegados igualmente divididos entre sociedade civil organizada e órgãos governamentais, para representarem Rondônia na conferência nacional, que será realizada entre os dias 8 e 11 de maio, em Brasília.
A realização do evento foi feita pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, Superintendência do IBAMA em Rondônia, Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia – RIOTERRA e Faculdade São Lucas.

http://www.tmm.org.br
ONG RIOTERRA

quinta-feira, 13 de março de 2008

III CONFERÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - RONDÔNIA

O Ministério do Meio Ambiente – MMA, mobiliza o País para a realização da III Conferência Nacional do Meio Ambiente – CNMA, cujo tema escolhido - as mudanças climáticas – representa uma das maiores preocupações ambientais do planeta. Ao promover a III CNMA, o Ministério do Meio Ambiente – MMA espera contribuir para esta discussão, disseminando o conhecimento técnico-científico e político relativo ao tema, identificando soluções para sua mitigação e adaptação. Os objetivos estabelecidos para a Conferência são: contribuir para a construção da Política e do Plano Nacional de Enfrentamento das Mudanças Climáticas, analisar e definir a institucionalização e periodicidade da Conferência Nacional do Meio Ambiente. O tema escolhido para a III CNMA será discutido a partir de um texto-base constituído pelos seguintes eixos temáticos: Mitigação das Mudanças Climáticas,Adaptação aos Efeitos das Mudanças Climáticas, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Educação Ambiental e Cidadania. Como a CNMA é considerada um dos principais fóruns de participação da sociedade nas decisões políticas do Ministério, as conferências realizadas nos estados e respectivos municípios tornam-se essenciais para o processo de construção da Conferência Nacional.
Dentro deste escopo, está sendo organizada a III Conferência Estadual de Rondônia – III CEMA, sob a coordenação do IBAMA, contando com a parceria de diversas instituições governamentais e não governamentais. O processo de realização da III CEMA é de responsabilidade da Comissão Organizadora Estadual – COE, instituída pela Portaria Nº 09 de 21 de fevereiro de 2008 do IBAMA. As Conferências Municipais, que são uma prévia para a Estadual, foram realizadas no período de 2007 e 2008, quando foram eleitos os delegados que representarão os municípios na Conferência Estadual. Segundo Júlio Carvalho, Coordenador da Conferência Estadual - lamentamos que a SEDAM, mais uma vez tenha ficado de fora deste processo tão importante para o Estado de Rondônia; e acrescenta ainda que o único Estado em que a Conferencia Estadual do Meio Ambiente não é coordenada pelo órgão estadual, é a de Rondônia.
A III Conferência Estadual será realizada no período de 14 a 16 de março deste ano, na Faculdade São Lucas; a Nacional acontecerá no período de 07 a 11 de maio de 2008 em Brasília. A oportuna discussão oferecida pela III Conferência cria o espaço para identificação de soluções e propostas de mudança nos hábitos e cultura regionais, como por exemplo, o nefasto hábito das queimadas que tanto contribuem para o aquecimento global e comprometimento da saúde em nosso Estado. A participação efetiva dos governos municipais, empresários e sociedade civil no processo de realização da III Conferência Estadual do Meio Ambiente, torna-os co-responsáveis na construção de um Estado saudável para a Amazônia.

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