quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Em Rondônia trabalhadores marcham contra a privatização do Rio Madeira

Cerca de mil integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina, entidades urbanas e da Bolívia fazem uma grande marcha pelas ruas de Porto Velho.
No dia do leilão da UHE Santo Antônio, a primeira hidrelétrica do Complexo Rio Madeira, cerca de mil integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina, entidades urbanas e da Bolívia fazem uma grande marcha pelas ruas de Porto Velho. O protesto é contra a venda da concessão do aproveitamento energético da hidrelétrica que acontece hoje na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a portas fechadas. A marcha vai seguir pela Avenida Carlos Gomes, passando pelo Palácio do Governo, e vai até a praça Jonas das Pedrosas, na Avenida 7 de setembro, centro comercial de Porto Velho, onde acontece um grande ato político. Atos como este acontecem em vários estados do país. Em Brasília, cerca de 300 integrantes da Via Campesina ocuparam a ANEEL para impedir a realização do leilão. Os manifestantes estão concentrados na Igreja Nossa Senhora das Graças, onde cerca de 100 militantes da Via Campesina fizeram um estudo sobre o modelo energético brasileiro e os impactos das grandes hidrelétricas nos últimos dois dias. Ontem, estes militantes saíram nas ruas para conversar com a população. ?O povo estava alheio ao debate da energia. Agora, estamos percebendo a adesão e a solidariedade dos trabalhadores e trabalhadoras contra a privatização dos rios? afirmou Josivaldo Oliveira, da Coordenação Nacional do MAB. Na disputa pela hidrelétrica de Santo Antônio, estão três consórcios formados por corporações transnacionais, como Votorantim, Suez Energy e Endesa. Segundo cálculos do movimento, baseado no preço da energia no mercado internacional, os donos das barragens de Santo Antônio e Jirau vão faturar em média R$ 525.000 mil por hora, com a venda da energia proveniente dessas barragens. O movimento calcula ainda que mais de 10 mil famílias sejam atingidas pelo conjunto das obras do Complexo. Para impedir que o Rio Madeira seja vendido e a Amazônia saqueada, o Movimento dos Atingidos por Barragens, em parceria com várias entidades e movimentos sociais, lança a campanha ?levante contra a venda do Rio Madeira. Em defesa das comunidades atingidas e da Amazônia?. Materiais como cartazes, folders e panfletos foram feitos para servir de subsídio no debate com a sociedade. Mais informações no site: www.mabnacional.org.br
Email:: mab@mabnacional.org.br URL:: http://www.mabnacional.org.br/noticias/101207_privatiza_riomadeira.htm
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/12/405460.shtml

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