sexta-feira, 21 de março de 2008

Ambientalistas pedem ferrovia em vez de rodovia na Amazônia

A reconstrução da BR-319 (Manaus-Porto Velho) pode provocar o desmatamento de mais de cinco milhões de hectares de floresta na Amazônia até 2050. O alerta foi feito nesta quarta-feira por ambientalistas, durante o seminário "Ferrovia X BR-319: um debate necessário e urgente para o Amazonas", realizado por ONGs, com o apoio do governo do Estado do Amazonas, em Manaus. É o que mostra o jornal 'O Globo' nesta quinta-feira.
Ambientalistas são contrários à reconstrução da BR-319, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e defendem a construção de uma ferrovia entre duas cidades amazonenses: Careiro Castanho (a 80 quilômetros de Manaus) e Humaitá (a cem quilômetros de Porto Velho). Segundo o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, a ferrovia conteria em 80% o desmatamento previsto para a reconstrução da BR-319.
O representante da ONG Preserve a Amazônia, Marcos Mariani, disse que a entidade começou um movimento a favor de ferrovias na região: "Vá de Trem! Preserve a Amazônia". A ONG estuda a possibilidade de pedir, na Justiça, a paralisação das obras, como será feito na BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).
Mariani ressaltou que estudos e estatísticas sobre o desmatamento apontam que mais de 80% da área desmatada na Amazônia, que abrange os estados de Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Acre e Mato Grosso, estão a até 50 km das rodovias.
Para ele, as estradas favorecem o desmatamento, e os estudos ambientais para licenciamento de rodovias não atendem à legislação brasileira.
- Há pressão política por parte de empreiteiras que atuam nessas obras - afirmou Mariani.
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